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Governo do Pará apresenta propostas que defenderá na COP 28

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O Pará pretende assinar o contrato de intenção de venda de um milhão de créditos no final deste semestre, prazo ambicioso, segundo quem acompanha as discussões.Foto: Marco Santos/Ag. Pará
O Pará pretende assinar o contrato de intenção de venda de um milhão de créditos no final deste semestre, prazo ambicioso, segundo quem acompanha as discussões.Foto: Marco Santos/Ag. Pará

Na véspera de embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes, onde participará da 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), o governador Helder Barbalho participou, na noite desta terça-feira (28), do ciclo de palestras CNN Talks, em São Paulo (SP).

Helder Barbalho participou do painel “Brasil: O protagonista da Agenda Verde no Mundo”, e falou sobre as iniciativas e propostas do Governo do Pará, que serão apresentadas na COP 28, voltadas à mitigação das mudanças climáticas e redução das emissões de gases do efeito estufa.

“A diplomacia ambiental exige do Brasil um posicionamento. E o Brasil deve escolher o que quer para o seu ativo florestal diante por ter em seu território a mais importante floresta tropical do planeta. Tenho absoluta convicção que a floresta amazônica, e a maneira como o Brasil lida com a mesma, coloca ou tira o Brasil do protagonismo diplomático”, ressaltou Helder Barbalho.

O governador do Pará afirmou que, na área ambiental, o País vivencia um momento estratégico e de oportunidades na COP 28. “O Brasil chega revigorado à esta COP, demonstrando redução de desmatamento e mostrando, portanto, que volta à agenda de combate aos crimes ambientais e que está disposto a avançar para o cumprimento das metas de redução de desmatamento e, consequentemente, redução de emissões”, acrescentou.

Helder Barbalho disse, ainda, que além dos combates às ilegalidades, o poder público e os Players globais precisam incluir a sociedade nas iniciativas de desenvolvimento socioeconômico da Amazônia.

“É fundamental que o Brasil possa apresentar o combate às ilegalidades ambientais, mas é fundamental que nós possamos apresentar uma nova visão de uso do solo, uma nova visão de floresta, fazer com que floresta viva possa valer mais do que a floresta morta, integrando a estratégia de transição energética com transição ecológica, e lembrando que na Amazônia temos 29 milhões de pessoas, e nada que se discuta sobre a Amazônia, que não inclua as pessoas, não será sustentável”, assegurou.

Bioeconomia – “O Estado do Pará tem buscado sempre construir a lógica de combater as ilegalidades e reduzir o desmatamento, mas também apresentar um plano de pagamento por serviços ambientais, plano de restauro para recuperar áreas antropizadas (já modificadas pelo homem), plano de bioeconomia para pegar a biodiversidade e transformar em uma nova economia da floresta”, explicou o governador.

Ele defendeu também a preservação das atividades econômicas, porém com responsabilidade ambiental. Quando questionado sobre a COP 30, que ocorrerá em Belém, em 2025, Helder Barbalho afirmou que a Conferência deixará um legado na infraestrutura da capital paraense, nas iniciativas voltadas à floresta e na área socioambiental.

Além de Helder Barbalho, participaram do painel o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo de São Paulo, Natália Resende Andrade Ávila, e o diretor-presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Dyogo Oliveira. O painel foi mediado pelo jornalista Márcio Gomes, âncora da CNN.