Pará

Geração de empregos em 2024 deve superar a de 2023 no Pará

O desemprego estava em 6,9% no segundo trimestre de 2024, que serve de base de comparação.
O desemprego estava em 6,9% no segundo trimestre de 2024, que serve de base de comparação.

Pryscila Soares

Com destaque na geração de empregos, o estado do Pará figurou na 11ª posição no balanço nacional de empregos formais registrados em 2023. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged/Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontou que, no comparativo entre admitidos e desligados, o Pará encerrou o ano com saldo positivo de 44,8 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Ao longo dos 12 meses foram efetuadas 448,4 mil admissões e 403,5 mil desligamentos. Na divisão por municípios, Belém foi o que mais gerou oportunidades de emprego formal no estado no ano passado. O saldo foi de 9,9 mil vagas com carteira assinada na capital. Na sequência estão Canaã dos Carajás (6,4 mil), Ananindeua (3 mil), Marabá (2,9 mil) e Barcarena (2,8 mil).

Além disso, em todo o estado, um total de 896 mil pessoas fecharam o ano empregadas formalmente. O saldo positivo alcançado pelo estado em 2023 representa um crescimento de quase 40% na geração de empregos de carteira assinada em comparação com o ano de 2022, quando foi registrado o saldo positivo de 32,4 mil postos de trabalho.

Alguns setores da economia impulsionaram esse crescimento, conforme explica Everson Costa, supervisor técnico do Dieese/PA. “O emprego de fato cresceu. A gente tem cinco grandes macros setores da economia que são a construção civil, serviços, indústria, comércio e agropecuária. Todos eles são responsáveis pelo crescimento dos empregos e por girar a economia. Eles encerraram 2023 com crescimento, com mais admissões do que desligamentos. Isso fez com que todos os setores econômicos se movimentassem”, pontua.

PROJEÇÃO

Everson ressalta que, para 2024, existe a expectativa de ampliação dos investimentos em alguns setores, a exemplo da construção civil, em face da execução de programas do governo federal, como o Minha Casa, Minha Vida, assim como, obras e investimentos visando a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que terá a capital como sede em 2025.

“A expectativa para 2024 é de que a geração de empregos seja melhor por conta das obras e investimentos para a COP 30. Teremos a ampliação de investimentos nos setores da economia. Primeiro no agronegócio, que gera demanda em outros setores. E o da construção civil com o grande programa Minha Casa, Minha Vida, que deve gerar muitos empregos. Isso gera aumento da renda, o que leva as pessoas ao consumo no comércio de serviços e demanda à indústria”, detalha o economista.