Pará

Gameterapia auxilia na recuperação de vítimas de traumas no Pará

No Hospital Metropolitano, gameterapia auxilia na recuperação de vítimas de traumas. Foto: Divulgação
No Hospital Metropolitano, gameterapia auxilia na recuperação de vítimas de traumas. Foto: Divulgação

Facilitar o processo de recuperação de pacientes internados no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém) é o principal objetivo da técnica da adoção de jogos digitais no processo de recuperação. A gameterapia é realizada pela equipe de reabilitação da unidade hospitalar.

Além de agir para melhorar o fortalecimento físico, a atividade atua positivamente na saúde mental dos pacientes internados. “É bem comum que os pacientes sintam sentimentos negativos em um pós-trauma, o que pode dificultar a recuperação. Com a gameterapia é possibilitado que eles se exercitem e, ao mesmo tempo, se divirtam, o que tende a amenizar esses sentimentos”, explica Paulo Vítor, coordenador de Fisioterapia do HMUE.

Durante a gameterapia, os pacientes simulam a participação em partidas de futebol, tênis e surfe. Antes disso, é feita uma análise multiprofissional, envolvendo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos e psicólogos do Hospital para avaliar quais podem participar da atividade.

“A atividade age com o poder de movimentar todos os membros no corpo do paciente, fazendo com que ele trabalhe ossos e músculos. A análise multiprofissional é feita respeitando o estado clínico de cada internado, a fim de definir quem deve ou não participar”, informou o profissional.

Experiência – Vindo de Breves, município do Arquipélago do Marajó, Rafael Coutinho, 33 anos, está internado no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade há três meses. Na tarde desta sexta-feira (09), ele participou da gameterapia. “Foi muito bom. Eu não imaginava jogar tão cedo videogame, quanto mais jogar aqui dentro. Acho que valeu a sessão de fisioterapia. Até suei”, disse ele.

A mãe de Rafael, Edna Gonçalves, 55 anos, que o acompanha na unidade, se surpreendeu com a atividade realizada pelo filho. “Ele não andava ou sentava e, graças também à equipe de reabilitação do Hospital e todo o cuidado que ele vem recebendo, a recuperação está avançando. Ele já consegue movimentar os braços, as pernas e vai melhorar cada vez mais”, afirmou.