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Funeral de Dom José Azcona, Bispo do Marajó, é realizado em Soure

Falecimento e funeral de Dom José Luís Azcona. Bispo do Marajó é velado na Catedral Nossa Senhora da Consolação em Soure, Marajó.

Funeral de Dom José Azcona, Bispo do Marajó, é realizado em Soure Funeral de Dom José Azcona, Bispo do Marajó, é realizado em Soure Funeral de Dom José Azcona, Bispo do Marajó, é realizado em Soure Funeral de Dom José Azcona, Bispo do Marajó, é realizado em Soure
Falecimento e funeral de Dom José Luís Azcona. Bispo do Marajó é velado na Catedral Nossa Senhora da Consolação em Soure, Marajó.
Falecimento e funeral de Dom José Luís Azcona. Bispo do Marajó é velado na Catedral Nossa Senhora da Consolação em Soure, Marajó.

O funeral de Dom José Luís Azcona Hermoso, bispo do Marajó, está sendo realizado em Soure, no Marajó, nesta quinta-feira, 21 de novembro. O religioso, que faleceu aos 84 anos após enfrentar um câncer no pâncreas, está sendo velado na Catedral Nossa Senhora da Consolação, também conhecida como Igreja Matriz de Soure. Durante a manhã, uma missa de corpo presente foi realizada na Igreja de Queluz, no bairro de Canudos, em Belém, com a presença de dezenas de católicos que se despediram do bispo.

Falecimento e funeral de Dom José Luís Azcona. Bispo do Marajó é velado na Catedral Nossa Senhora da Consolação em Soure, Marajó.
Falecimento e funeral de Dom José Luís Azcona. Bispo do Marajó é velado na Catedral Nossa Senhora da Consolação em Soure, Marajó.

Após a missa em Belém, o corpo de Dom Azcona foi transportado por aeronave para Soure, chegando por volta das 10h30. Na cidade do Marajó, ocorreram duas missas de corpo presente: às 17h e 20h, ambas na Catedral Nossa Senhora da Consolação. Na sexta-feira, 22 de novembro, haverá mais duas missas, uma às 7h e outra às 17h, seguidas pelo sepultamento.

Dom José Azcona: Um Legado de Defesa dos Direitos Humanos

Dom José Azcona foi um dos principais defensores dos direitos humanos no Marajó e um dos maiores nomes na luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes na região. Sua trajetória começou em 1985, quando chegou ao Marajó como missionário agostiniano. Nomeado bispo em 1987 pelo Papa João Paulo II, ele liderou a Prelazia do Marajó até 2016.

O bispo espanhol natural de Pamplona, Espanha, se destacou por suas denúncias contra abusos e injustiças no Marajó. Em 2008, foi um dos três principais nomes católicos ameaçados de morte no Pará devido às suas ações em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Em 2009, denunciou casos de pedofilia e exploração sexual envolvendo políticos e empresários locais, o que levou à criação da CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e no Congresso Nacional.

Conflito e Apoio da Comunidade Marajoara

Dom Azcona também enfrentou desafios dentro da própria Igreja Católica. No ano passado, o núncio apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, pediu que o bispo emérito deixasse o Marajó. No entanto, a comunidade marajoara se mobilizou para garantir a permanência de Dom Azcona na região. As manifestações, tanto nas redes sociais com a hashtag #FicaDomAzcona quanto em ações presenciais, foram fundamentais para que a Nunciatura Apostólica reconsiderasse a decisão. Em dezembro de 2023, a Diocese de Belém confirmou que Dom Azcona não precisaria mais deixar o Marajó.

A Última Jornada de Dom Azcona

Dom José Azcona faleceu no Hospital Porto Dias, em Belém, onde estava internado para cuidados paliativos. O bispo será sepultado em Soure, onde passou muitos anos de sua vida dedicados à comunidade marajoara. Seu legado de luta pelos direitos humanos e por uma Igreja mais justa e presente na vida das pessoas permanecerá vivo nas lembranças de todos que ele tocou com sua missão e coragem.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.