MARGEM EQUATORIAL

Foz do Amazonas: sonda da Petrobras já está no litoral do Pará e espera liberação

Equipamento deve seguir para o Amapá após simulação obrigatória exigida no licenciamento ambiental; expectativa é perfurar na Bacia da Foz do Amazonas

Foz do Amazonas: sonda da Petrobras já está no litoral do Pará e espera liberação Foz do Amazonas: sonda da Petrobras já está no litoral do Pará e espera liberação Foz do Amazonas: sonda da Petrobras já está no litoral do Pará e espera liberação Foz do Amazonas: sonda da Petrobras já está no litoral do Pará e espera liberação
Equipamento deve seguir para o Amapá após simulação obrigatória exigida no licenciamento ambiental; expectativa é perfurar na Bacia da Foz do Amazonas
Equipamento deve seguir para o Amapá após simulação obrigatória exigida no licenciamento ambiental; expectativa é perfurar na Bacia da Foz do Amazonas. Foto: Foresea/Divulgação

A sonda de perfuração NS 42 (ODN-II), contratada pela Petrobras para operações na Margem Equatorial brasileira, já está posicionada no litoral do Pará, próximo à Ilha do Marajó, e aguarda a liberação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO). A simulação de emergência é a última etapa antes do início das perfurações na Bacia da Foz do Amazonas, especificamente no bloco FZA-M-59, na costa do Amapá.

A Petrobras informou que a sonda chegou à capital paraense em 28 de junho e fará uma parada técnica na costa paraense antes de seguir viagem para o ponto de perfuração, que fica a aproximadamente 175 km do litoral do Amapá, em lâmina d’água de 2,8 mil metros.

Licença ambiental pendente trava avanço da Petrobras na Margem Equatorial

A estatal aguarda uma resposta oficial do Ibama sobre a data da APO, sugerida para 14 de julho. Apesar de o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, ter sinalizado positivamente sobre o cronograma, a ausência de confirmação formal tem gerado apreensão dentro da Petrobras.

O licenciamento ambiental para a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial é um dos mais sensíveis em curso no Brasil, especialmente por envolver uma área de elevada biodiversidade, próxima à foz do Rio Amazonas. A autorização ambiental é requisitada desde 2014. A Petrobras assumiu o processo em 2020, após as desistências das companhias BP (britânica) e TotalEnergies (francesa), que também tentaram explorar a região.

A sonda NS 42 deixou o Rio de Janeiro em 7 de junho e está em área próxima ao local do teste. O planejamento original indicava chegada à região do Amapá em 29 de junho, mas a data foi revista para 30 de junho — o que foi cumprido, conforme comunicado oficial da companhia à imprensa.

Exploração na Margem Equatorial: nova fronteira do petróleo no Brasil

A Margem Equatorial — formada por cinco bacias sedimentares ao longo do litoral norte e nordeste do país — é vista como uma das últimas grandes fronteiras exploratórias de petróleo e gás natural no Brasil. A Bacia da Foz do Amazonas, onde está localizado o bloco FZA-M-59, é considerada estratégica, mas altamente sensível do ponto de vista ambiental.

Avanços e Expectativas

Com o avanço do processo de licenciamento, a Petrobras poderá iniciar a perfuração para verificar a existência de reservas petrolíferas na região. Caso a APO seja aprovada e o teste seja bem-sucedido, a operação poderá representar um novo ciclo de investimentos da estatal na costa norte do país.

(com informações da Agência Infra)