Pará

Folião deve ficar atento na hora de comprar bebida alcoólica

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O Pará adotou a Lei Seca nas eleições municipais no primeiro turno neste domingo, 6.
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Pryscila Soares

O Carnaval é celebrado nos quatro cantos do Brasil com muita animação. E nesta época há um aumento expressivo no consumo de bebidas alcoólicas. Ingerir com moderação e, sobretudo, adotar alguns cuidados no momento da escolha e compra desses produtos são recomendações que os foliões precisam seguir. De acordo com dados da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), ao menos 43% das garrafas de bebidas apreendidas por autoridades em 2023 eram falsificadas ou adulteradas.

O percentual corresponde a mais de 100 mil bebidas apreendidas em todo o país. A entidade alerta que, nesta época, criminosos se aproveitam da euforia das pessoas para comercializar produtos falsificados ou contrabandeados, o que representa não somente prejuízo financeiro como perigos para a saúde do consumidor.

Por isso, a principal orientação é redobrar a atenção na hora de comprar bebidas alcoólicas. Preços muito abaixo da média de mercado, por exemplo, podem indicar que o produto talvez seja de origem duvidosa. “Até bebidas originais, quando contrabandeadas, não oferecem a mesma experiência de consumo, porque o transporte não é adequado nem a refrigeração. As duas modalidades ilegais, tanto o contrabando quanto a falsificação, não permitem que o consumidor tenha a mesma experiência de consumo”, pontua Cristiane Foja, presidente-executiva da Abrabe.

RISCO

Nos dois casos, os prejuízos são muitos. Mas o principal deles é o risco para a saúde de quem consome um produto de procedência desconhecida. “No caso da bebida falsificada, há uma adulteração. O líquido não é original e pode ter tudo dentro, desde metanol quanto solvente de carcaça de animal. Não há garantia de que aquela substância não vai matar a pessoa”, explica Cristiane.

Portanto, antes de comprar o produto, o consumidor precisa estar atento. Foja ressalta que alguns detalhes devem ser observados. O primeiro é conhecer o fornecedor. “Comprar bebidas em qualquer lugar não é uma boa decisão. E desconfie dos preços. Se vai comprar pela internet e sabe que está muito abaixo do mercado, não compre porque não existe milagre, existe um padrão de preço. Falsificadores e contrabandistas praticam preços até 40% abaixo do original”, frisa.

Visualmente, também é possível notar alterações na embalagem, lacre e vedação do produto. O lacre não pode estar violado. É necessário ainda verificar se a garrafa está com algum tipo de avaria e se a quantidade de líquido está dentro do nível de preenchimento padrão daquele tipo de bebida.

“São dicas visuais. Toda bebida legal, no verso, o contrarrótulo tem que estar em português. É uma obrigação legal e o produto precisa ter o selo de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária, o Mapa. Os produtos ilegais não possuem esse detalhe. Fora o risco à saúde e integridade física, você está sendo passado para trás como consumidor”.

Para além dos prejuízos à saúde, a adulteração e contrabando de mercadorias é crime, uma vez que traz prejuízos aos cofres públicos. É possível denunciar a prática criminosa para a própria Abrabe, que colabora com o trabalho de repressão a este tipo de crime, realizado pela polícia em todo o país. O canal de denúncia é: denuncie@abrabe.org.br.