Às vésperas do Dia da Indústria, comemorado em 25 de maio, uma solenidade marcará a entrega da Medalha do Mérito Industrial ‘Simão Miguel Bitar’ e o lançamento da segunda fase da Jornada COP+, movimento de transição justa na Amazônia brasileira, liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). A cerimônia será no dia 23 de maio, às 19h, no salão de eventos da federação.
Concedida pelo Sistema FIEPA, a Medalha do Mérito Industrial Simão Miguel Bitar é a maior honraria da indústria paraense e, neste ano, será entregue ao Ministro das Cidades, Jader Filho. Segundo o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, a homenagem se deve ao trabalho do ministro em busca de soluções para o déficit habitacional e às contribuições para a indústria da construção civil. “O setor movimenta vários outros industriais, comerciais e de serviços. Isso tem uma potencialidade incrível na geração de empregos, além de um componente social sem tamanho. Por isso, a honraria é um reconhecimento justo a quem tem trabalhado incansavelmente por uma política de habitação, permitindo a população a acessar melhor e de forma mais ampliada o maior programa habitacional do país”, destacou o presidente.
Sobre a medalha
Constituída em 1979, a honraria é concedida a empresários ou organizações que se destacaram na promoção do desenvolvimento do Estado do Pará. Mais de sessenta pessoas e instituições já foram homenageadas pelas suas contribuições ao desenvolvimento do Estado do Pará e da região amazônica. Entre os agraciados nos anos anteriores estão nomes como Eliezer Batista, primeiro presidente da Vale; Konrad Karl Seibel, fundador da Cerpa; o ex-governador Almir Gabriel; e as empresas Freire Mello, Tramontina, Sococo e Agropalma.
Sobre o homenageado
Jader Barbalho Filho tem 47 anos, formou-se em Administração na Universidade da Amazônia, com especialização em Marketing e é pós-graduado em Administração Pública pela FGV. Enquanto empresário, administrou até 2022 o grupo de Comunicação RBA. Filiado ao MDB desde 1995, é presidente estadual do partido no Pará. Foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como Ministro das Cidades, para desenvolver um dos principais programas do governo federal, o Minha Casa Minha Vida.
Segunda fase da Jornada COP+
A cerimônia também marca o lançamento da segunda fase da Jornada COP+, movimento multissetorial pela transição justa e o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira. Lançada em maio de 2024, a Jornada surgiu em meio à preparação para a Conferência das Nações Unidas pelo Clima, a COP 30, que será realizada em novembro, em Belém. A primeira fase da iniciativa já alcançou mais de 11 mil pessoas, com capacitações, fóruns e festivais. São diversas ações pautadas nos pilares de sociobioeconomia, transição energética, economia circular, transformação digital e inovação e rastreabilidade das cadeias produtivas de valor da Amazônia.
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Entre as novidades da segunda etapa, está a parceria com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, para a realização do projeto “Territórios Amazônicos Rumo à COP30 e Construção de Legados”. Com realização da FIEPA e da Ação Pró-Amazônia e apoio da CNI e Instituto Amazônia+21, o projeto consiste em uma série de encontros regionais, que serão realizados entre maio e agosto de 2025, nos nove estados da Amazônia Legal: Pará, Roraima, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.
Os encontros pretendem reunir representantes de governos, federações das indústrias, sociedade civil, academia e setor produtivo, em atividades que combinem debates institucionais e oficinas temáticas. O objetivo é gerar propostas e encaminhamentos para áreas de uso da terra, bioeconomia, transição energética, rastreabilidade, mineração responsável, adaptação climática e infraestrutura.
Essas recomendações serão consolidadas em um documento de propostas estratégicas da Amazônia brasileira, que será encaminhado à Sustainable Business COP (SB COP) – iniciativa internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que está articulando compromissos empresariais e políticas públicas para a agenda climática global. “Queremos conectar os setores público e privado dos nove estados da Amazônia Legal em torno de uma agenda comum de desenvolvimento sustentável, preparação estratégica para a COP30 e para além dela. A convergência destes esforços pode influenciar as decisões globais da COP30 e, principalmente, estabelecer um legado concreto e duradouro para o território amazônico”, explica Alex Carvalho, que também é presidente da Jornada COP+.
A segunda fase também será marcada pela continuidade das atividades que já estão sendo realizadas, como webinars, workshops, letramentos, encontros de líderes, fóruns e exposições. Entre as ações da Jornada, está a criação de plataforma digital que servirá como um mapa das cadeias produtivas, como o açaí, cacau e castanha-do-Pará. A plataforma reunirá o cadastro de produtores, associações, cooperativas e indústrias que compõem o ecossistema da sociobioeconomia, oferecendo um diagnóstico dessa produção, seus impactos ambientais e sociais. O projeto também prevê criação de redes, relatórios, repositório de dados, materiais de capacitação e guias para a transição energética justa. A Jornada também quer gerar contribuições para políticas públicas e acordo de metas para a indústria da Amazônia.
A Jornada COP+ tem o apoio da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), da Ação Pró-Amazônia, SESI, SENAI, IEL, Instituto Amazônia+21, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). O projeto tem como patrocinadora master a Vale e patrocinadora premium a Guamá Tratamento de Resíduos.
Atenciosamente,–
