Festival homenageia as tacacazeiras de Belém

Diego Monteiro

Quem passou pelas redondezas do Ver-o-Rio, sentiu o cheiro do tucupi que emanava das cuias de tacacá servidas durante o 4º Festival das Tacacazeiras de Belém. Promovido pela Associação das Tacacazeiras e Comidas Típicas (Astacom), o evento segue no espaço até o dia 1º de outubro em comemoração ao Dia da Tacacazeira, comemorado no último dia 13.

Dentro da programação, terão 21 barracas para a comercialização de comidas típicas como tacacá, vatapá, maniçoba, caruru e arroz paraense, além de vendas de artesanato e shows musicais com grupos de carimbó. Nos três dias, os organizadores do evento esperam reunir cerca de 5 mil visitantes, divididos entre turistas e moradores locais.

Para Ivanete Pantoja,presidente da Astacom, um dos objetivos do evento é mostrar a importância das pessoas que produzem pratos que são a cara do Pará. “É tão bom ter esse reconhecimento do povo e por meio do Festival somos ainda mais valorizadas. Esperamos todos para degustar e saborear a nossa tradição, as nossas iguarias, e uma boa cuia de tacacá”, convidou.

A servidora pública Eleni Moreira foi a primeira cliente a chegar no local e não perdeu tempo. “Tudo muito bom. Muito gostoso. Vim pois vi a propaganda nos veículos de comunicação e como sou uma pessoa apaixonada pela nossa culinária, não poderia ficar de fora. Esse tipo de evento é importantíssimo para o nosso povo e deve ser valorizado sempre”, explicou.

Para se ter uma ideia, segundo dados da Secretaria Municipal de Economia (Secon) estão cadastrados no órgão mais de 90 profissionais que atuam com comidas típicas nas vias públicas da capital, sendo o tacacá um dos carros chefes de vendas. “As tacacazeiras são fundamentais tanto para a economia, como para o turismo e a cultura da nossa cidade”, afirma Apolônio Brasileiro, titular da Secon.

“No dia 13 de setembro é o Dia da Tacacazeira e essa festa aqui visa, primeiro, aquecer a atividade econômica dessas trabalhadoras e segundo, dar visibilidade para uma das nossas comidas típicas. Belém é a cidade criativa da gastronomia e digo sempre que a gastronomia é quase que um ponto turístico da cidade, porque quem vem para cá tem que provar os nossos sabores”, completa Brasileiro.