Pará

Feira do Empreendedorismo Inclusivo garante renda extra

A iniciativa visa promover o protagonismo e empoderamento de pessoas com autismo e seus familiares, incentivando a geração de renda e a economia criativa. Foto celso rodrigues/Diáriod o Pará.
A iniciativa visa promover o protagonismo e empoderamento de pessoas com autismo e seus familiares, incentivando a geração de renda e a economia criativa. Foto celso rodrigues/Diáriod o Pará.

Ana Laura Costa

No último sábado (24), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas Para o Autismo (Cepa), promoveu a 15ª edição da Feira do Empreendedorismo Inclusivo, no Porto Futuro, em Belém.

O evento sempre ocorre no último final de semana do mês e, desta vez, contou com cerca de 11 empreendedores que comercializam desde roupas infantis, brinquedos, objetos de decoração até alimentos e bolsas. A iniciativa visa promover o protagonismo e empoderamento de pessoas com autismo e seus familiares, incentivando a geração de renda e a economia criativa.

O assessor de Políticas Públicas para o Autismo, Luyann Rodrigues, desde a primeira edição até o momento, foram arrecadados 150 mil reais com a comercialização dos produtos na Feira, que também ocorre em outras regiões do Estado. “E a renda fica totalmente com as empreendedoras. Então, esse lucro é gerado para os empreendedores, para esses familiares. E assim a gente consegue fazer com que a economia gire para essas pessoas e elas tenham uma renda extra no final do mês também”, destaca.

A Feira do Empreendedorismo Inclusivo, reúne mais de 400 famílias cadastradas no sistema da Cepa. Participando pela primeira vez do evento, Carlos Júnior, de 29 anos, experimentou unir o útil ao agradável: gerar uma renda extra e também compartilhar conhecimento a respeito do autismo por meio das vendas de livros que abordam o tema de maneira didática e livre de estigmas. Ele é pai de um menino autista, Pedro, de apenas 2 anos e cinco meses.

Segundo ele, desde o nascimento do filho, ele se debruçou sobre o assunto e agora tenta levar conhecimento para dissipar a ignorância sobre o autismo. “Trabalho numa livraria, né? Então, resolvi trazer livros porque foi algo que vi que não tinha ninguém comercializando também, e quanto mais a gente fala sobre isso, mais desvendamos a ignorância”, disse.