Feira apresenta o melhor do artesanato do Pará

Com uma estrutura de mais de 3 mil metros quadrados, até o dia 16 de outubro, a Feira de Artesanato do Círio (FAC) 2024 toma conta do estacionamento do Parque Urbano Belém Porto Futuro, dando destaque a mais de 120 estandes que reúnem peças que vão do tradicional miriti e cerâmica às criações inspiradas na maior festividade religiosa do Pará, o Círio.

A área de exposição reúne o trabalho de 113 artesãos de 19 municípios, todos selecionados por uma equipe de curadores, que levou em conta sete critérios: qualidade, inovação, originalidade, agregação de valor, acabamento, uso da tag e qualidade de embalagens.

“No Pará temos muitos produtos ligados à nossa cultura, principalmente o artesanato e a culinária, que nesse momento de Círio ganham um destaque ainda maior do que o tradicional. E, com a feira, os artesãos têm a chance de apresentar esses produtos de forma organizada, não só para todas as pessoas de Belém, mas também para os turistas. Uma oportunidade extra para que o empreendedor agregue valor aos seus negócios, conheça investidores, se aproxime de cliente, venda e gere novos produtos”, disse Igo Silva, gerente do Sebrae-PA e coordenador da feira.

No box 23, Dheimerson Marques, de 25 anos, que faz parte do Ateliê Fábrica de Sonhos, em Abaetetuba, participa pela primeira vez da exposição. “Eu trabalho com miriti desde criança, mas só recentemente comecei a produzir profissionalmente. Essa é minha primeira feira, e estou muito feliz em poder mostrar meu trabalho aqui. A expectativa é grande, especialmente com tantos turistas”, comentou o artesão que trouxe 100 peças para expor.

Novidades

Em sua 12ª edição, as novidades desse ano são o Mundo Amazônia e o Espaço Kids. O primeiro espaço é reservado a cinco indígenas artesãos paraenses, que expõem e comercializam peças produzidas por eles e que retratam suas culturas. “Com muitos turistas em Belém nessa época do Círio é uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho, porque muitos indígenas artesãos estão dentro das aldeias e não têm oportunidades como essa. Então esse espaço é importante porque proporciona maior visibilidade aos artesãos indígenas, com produtos de origem florestal e sustentáveis”, disse Magna Silva, da etnia Juruna, de São Félix do Xingu.