Atualmente, o Pará ocupa a quinta posição entre os maiores exportadores de madeira do Brasil, ficando atrás de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
As exportações de madeira e derivados do Pará recuaram 11,57% entre janeiro e julho deste ano, somando US$ 120,27 milhões, segundo dados da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A queda no faturamento contrasta com o aumento de 6,31% no volume exportado, que atingiu 159,95 milhões de quilos, indicando desvalorização nos preços médios dos produtos. Em julho, o desempenho foi ainda mais negativo: o valor exportado caiu 17,63% em relação a junho, e o volume embarcado teve retração de 25,96%, totalizando 21,3 mil toneladas.
Apesar da retração, os Estados Unidos permanecem como principal destino da madeira paraense, representando 34,68% do valor exportado no primeiro semestre, com US$ 34,54 milhões mas o tarifaço – mesmo com isenções para madeira serrada e aplainada – gerou forte apreensão no setor.
Entre os concorrentes que enfrentaram tarifas menores estão Vietnã, Camboja, Tailândia, Indonésia, Malásia, Camarões, República Democrática do Congo, Equador e Gana – todos exportadores de madeira tropical para os EUA.
A União Europeia aparece como segundo maior mercado para a madeira do Pará, responsável por 35,74% das exportações em 2024 (US$ 74,53 milhões). Segundo a Aimex, há possibilidade de redirecionar parte da produção para esse e outros mercados, mas a substituição do volume americano não seria imediata.