CORRUPÇÃO

Ex-vice de Daniel rompe silêncio e se posiciona sobre crise política em Ananindeua

O deputado estadual Erick Monteiro (PSDB) emitiu nesta quarta-feira, 6 de agosto, uma posição clara em relação ao afastamento do prefeito de Ananindeua.

Daniel Santos foi afastado por seis meses por decisão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), após o Ministério Público do Pará (MPPA) apontar indícios de um esquema de corrupção
Daniel Santos foi afastado por seis meses por decisão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), após o Ministério Público do Pará (MPPA) apontar indícios de um esquema de corrupção

O deputado estadual Erick Monteiro (PSDB) emitiu nesta quarta-feira, 6 de agosto, uma posição clara em relação ao afastamento do prefeito de Ananindeua, Daniel Barbosa Santos (PSB): segundo ele, as explicações devem partir exclusivamente do gestor.

Daniel Santos foi afastado por seis meses por decisão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), após o Ministério Público do Pará (MPPA) apontar indícios de um esquema de corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro envolvendo contratos de mais de R$ 115 milhões .

Além disso, o MPPA investiga o desvio de R$ 261 milhões dos cofres do Iasep (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado), por meio de fraudes hospitalares que incluíam superfaturamento de até 1.000%, atendimentos fictícios e direcionamento de pacientes para o Hospital Santa Maria, do qual Daniel foi sócio até maio de 2022.

De acordo com o Gaeco, parte dos repasses serviu para a compra de uma fazenda e de uma aeronave.

A fazenda foi adquirida por R$ 16 milhões, mas só R$ 12 milhões chegaram à vendedora, com tentativas posteriores de suborno .

Uma construtora contratada pela prefeitura chegou a pagar R$ 300 mil de parcela do avião estimado em R$ 10,9 milhões, além de R$ 1,8 milhão em combustível para a propriedade rural do prefeito, segundo documentos confirmados pelo MPPA.

Erick Monteiro, que foi vice-prefeito durante a gestão de Daniel, destacou que seu nome foi citado em reunião política com aliados do prefeito, mas reafirmou que não tem envolvimento nas irregularidades apontadas:

“Eu não tenho que explicar nada. Quem tem que explicar é o gestor, o prefeito. Acredito que a Justiça vai tomar a decisão mais coerente”.

Daniel Santos segue afastado do cargo enquanto o MPPA aprofunda as apurações, inclusive com bloqueio judicial de bens da empresa Agropecuária J D e proibição de deixar o país .