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Evento discute potencialidades da produção do óleo de palma

A Palmacom 2024 é a principal conferência nacional do setor e a primeira foi realizada em Belém, no Hangar, na última semana. O Pará é um dos principais produtores do país

Evento discute potencialidades da produção do óleo de palma Evento discute potencialidades da produção do óleo de palma Evento discute potencialidades da produção do óleo de palma Evento discute potencialidades da produção do óleo de palma
Belém, no Hangar, na última semana. O Pará é um dos principais produtores do país
Eduardo Junior (CEO BELEM BIOENERGIA BRASIL), André Gasparini (Diretor Comercial da AGROPALMA), Leonardo Zílio (Diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade do OLEOPLAN), Michel Aboissa (Diretor Comercial da ABOISSA COMMODITY BROKERS). Belém recebe o PALMACON, o principal evento nacional dedicado ao setor de óleo de palma. Organizado pela ABRAPALMA (Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma), o evento reunirá especialistas e empresas do Brasil e do exterior para debater os avanços e desafios da cadeia produtiva da palma. 24/10/2024. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

A Palmacon 2024, principal evento nacional inédito e dedicado ao setor de óleo de palma, teve início na última quarta-feira (23), no Hangar Centro de Convenções, e seguiu com programação até quinta (24). O evento é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma) e reuniu especialistas e empresas do Brasil e do exterior para debater os avanços e desafios da cadeia produtiva da palma no Pará e no Brasil.

Belém recebe o PALMACON, o principal evento nacional dedicado ao setor de óleo de palma. Organizado pela ABRAPALMA (Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma), o evento reunirá especialistas e empresas do Brasil e do exterior para debater os avanços e desafios da cadeia produtiva da palma. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Esta é a primeira conferência sobre óleo de palma no País e teve como objetivo difundir conhecimentos da cadeia produtiva deste tipo de óleo e derivados, que abrangem setores como alimentos, cosméticos e energia. O evento também fomentou a inovação tecnológica e promoveu a geração de negócios na área. A programação incluiu conferências com temas que abrangem desde a agricultura e industrialização do óleo de palma até a sustentabilidade. Um dos destaques é o debate sobre a importância da palma como combustível renovável, especialmente em meio às discussões globais de integração energética e às pautas da COP-30.

Foram mais de 15 painelistas e 30 empresas expositoras. Para o diretor agrícola da Agropalma, André Borba, o evento evidencia o desenvolvimento da cadeia de produção de palma e a importância para o Pará e o Brasil. “A cultura da palma oferece praticamente 10 mil empregos diretos na região próxima à Belém. E este evento mostra as tendências futuras de comércio da palma, as tendências de genética do vegetal e de como o Estado vai se desenvolver com essa cultura”.

O diretor comercial da Agropalma, André Gasparini, ressalta o trabalho da empresa que atua na área há 40 anos e a importância do evento para discutir problemas e soluções no mercado da palma. “Hoje o Brasil usa mais óleo de soja para fazer o biocombustível porque é o que mais tem abundância de produção. A palma é menos utilizada porque você tem menos produto. Então, quando a gente pensa numa possibilidade de expansão do óleo de palma para o mercado do Brasil, essa expansão está no Pará”, comenta.

A agricultora Benedita Nascimento é integrante do primeiro projeto da Agropalma sobre agricultura familiar. Produtora de palma na comunidade Arauaí, no município de Moju, Benedita comenta que o projeto trouxe a oportunidade de mudar de vida sem precisar sair do local onde produz. “Mudou a realidade da nossa comunidade. O nosso trabalho é realizado em regime de mão de obra familiar. Eu sou a líder desse consórcio e assino a carteira de 22 pessoas que trabalham para nós. A palma garante renda, alimento, e um futuro melhor para os nossos filhos e netos”.

O presidente da Abrapalma, Victor Almeida, ressalta que o Pará emprega 20 mil pessoas ligadas desde o plantio até a produção da palma. “É uma matéria-prima que pode ser usada para a produção do biocombustível. É um setor que tem potencial de crescer muito nesses próximos anos e a gente busca iniciar essa discussão entre toda a cadeia produtiva, desde o agricultor familiar ou do fazendeiro que produz o fruto, passando pela indústria extratora do óleo, aos associados da Abrapalma, até o nosso cliente final, que são as indústrias de alimento, cosméticos e biocombustíveis representados na Palmacon”.