Pará

Estudante vence o câncer após 6 anos de luta. Confira!

A jovem, hoje com 22 anos, descobriu a doença com apenas 15. Foto: Divulgação
A jovem, hoje com 22 anos, descobriu a doença com apenas 15. Foto: Divulgação

Após seis anos em tratamento de um câncer, a estudante de fisioterapia da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Camila Silva, de 22 anos, recebeu a notícia que mais aguardava: a cura de um linfoma de Hodgkin. Desde os 16 anos no hospital, ela teve alta na terça-feira (4).

“Quando eu entrei no quinto ano de tratamento, a cada consulta eu ficava na expectativa se seria ou não a última. Hoje, graças a Deus, eu recebi a alta definitiva. Essa experiência é completamente diferente de tudo o que eu já vivi, pois, durante os últimos anos, eu estive em todos os andares deste hospital. Nesse caminho, perdi alguns amigos e dedico essa minha vitória à memória de todos eles”, relatou Camila durante discurso emocionado.

A boa nova é motivo de orgulho também para quem acompanhou de perto as batalhas travadas contra as neoplasias malignas. “O momento de tocar o sino que tem no hospital e que indica a nossa vitória é mais que especial. Para quem luta tanto tempo contra o câncer, chegar nessa fase representa algo imensurável para pacientes e familiares. Badalar o sino e ouvir os aplausos é a materialização do ‘eu venci’. E, todos nós, colaboradores, também compartilhamos desse sentimento de alegria e de muito orgulho”, afirmou Elizabeth Cabeça, assistente do Escritório de Experiência do Paciente (EEP), do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol).

Para Elizabeth, levar a mensagem e a simbologia do Sino da Vitória é levar esperança aos quatro cantos do Oncológico Infantil. Foto: Divulgação

Para Elizabeth, levar a mensagem e a simbologia do Sino da Vitória é levar esperança aos quatro cantos do Oncológico Infantil. “É gratificante demais o momento em que eles abraçam os colaboradores, como sinônimo de gratidão, e de ver como eles cresceram e estão bem, saudáveis, curados”, afirmou.

“Quando eu descobri a doença, com apenas 15 anos, eu pensava que não teria chances de cura. Mas quando eu cheguei ao hospital, todos me receberam muito bem. Durante esses anos, eu estive internada, fiz cirurgias, quimioterapia, radioterapia e pude experimentar todos os tipos de tratamento que o hospital oferece. Por ter crescido aqui, me sinto em casa para passear por todos os andares tocando o sino e com a cabeça cheia de novas perspectivas. Estou emocionada pois sei que muitas histórias são como a minha e desejo a todos os pacientes essa mesma alegria que estou tendo neste momento”, afirmou Camila.

A doença se manifestou com febres, dores e inchaços. Camila perdeu peso rapidamente e, assim como muitas mães que estão nessa situação, a auxiliar de serviços gerais, Irani Castro, de 47 anos, teve de mudar a rotina para cuidar da filha.

“Abri mão da minha vida profissional, pessoal, amorosa, enfim, larguei tudo. E passamos por isso juntas. Vivíamos mais aqui do que na nossa própria casa. A minha prioridade era a Camila e o que eu entendia por felicidade era estar do lado dela. A alegria que eu sinto hoje com ela tocando o sino me faz relembrar de tudo. Me sinto vitoriosa também”, completou Irani.