Pará

Estado tem sete vírus preocupantes em circulação

Segundo médicos, as vacinas ainda são as melhores armas para se proteger dessas doenças FOTO: Antônio Melo
Segundo médicos, as vacinas ainda são as melhores armas para se proteger dessas doenças FOTO: Antônio Melo

Wesley Costa

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) revelou que circulam no Pará sete vírus que podem comprometer o sistema respiratório. Essas doenças, quando não prevenidas ou tratadas de forma adequada, podem desencadear uma série de complicações e até levar a óbito. Algumas dessas infecções virais chegam a se confundir, já que apresentam os mesmos sintomas. Por isso, é preciso estar atento e, principalmente, com as vacinas em dia.

A Sespa destacou que a adesão à Campanha de Vacinação contra a Influenza, no Estado, ainda está longe de atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 2.508.410 dos habitantes, cerca de 10% de toda a população. Segundo a secretaria, até o dia 20 de abril haviam sido vacinadas 252.800 pessoas. Além da influenza A e B, circulam no Pará os vírus SARS-CoV2, Adenovírus, Sincicial, Metapneumovírus e Rinovírus.

A coordenadora de imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), Nazaré Athayde, destaca o movimento antivacina e o silêncio sobre algumas doenças como fatores que levam a uma falsa sensação de proteção. “Pouco se ouve falar, por exemplo, da poliomielite que corre risco de voltar e de tantas outras que estavam erradicadas como o sarampo. Então, esse silêncio e o movimento antivacina que enfrentamos, são alguns dos vários motivos de não conseguirmos total eficiência nas campanhas”, afirma.

CHAMADOS

Para a médica infectologista, Andrea Beltrão, é necessário que a população atenda aos chamados das campanhas de imunização e mais do que isso, mantenham os cuidados aprendidos durante a pandemia para evitar novos surtos de doenças virais. “As vacinas são as melhores armas contra esses vírus, mas também é necessário o trabalho de prevenção, pois muitas delas os sintomas se assemelham e não sabemos como cada organizamos vai responder. Por isso, as orientações de higienização, uso de máscaras e evitar ambientes aglomerados quando estiver se sentindo mal, devem permanecer”, diz.

A especialista listou os principais sintomas das doenças virais que circulam no estado e os riscos que elas podem trazer para a saúde quando não tradadas. “Vale lembrar ainda que, independente das faixas etárias, todas aquelas pessoas que não estão vacinadas se tornam vulneráveis às infecções. No caso dessas doenças, os imunizantes podem ser encontrados facilmente pelo sistema público de saúde”, pontuou a infectologista.

OS VÍRUS

cuidados

l Influenza A

Acomete principalmente as vias aéreas superiores, somente algumas variantes possuem diferenças como o H1N1. Os principais sintomas são: coriza, dor de cabeça, febre e congestão nasal. Os fatores de risco podem aumentar caso a pessoa possua alguma comorbidade relacionada ao pulmão, por exemplo. Nesses casos, as manifestações ficam mais graves e alongadas, podendo fazer o paciente desenvolver uma pneumonia.

l Influenza B

Esse tipo possui sintomas parecidos com o tipo A, e que começam a se manifestar logo no início da infecção, sendo os mais comuns a febre, calafrios, dor de garganta, tosse, nariz escorrendo e dor de cabeça. Da mesma forma que a Influenza A, se houver maiores comorbidades, quando não tratada a doença pode evoluir para uma pneumonia.

l Coronavírus (SARS-CoV2)

Causador da Covid-19, esse é o vírus que ficou conhecido no início da pandemia como o “novo coronavírus”. A doença foi responsável por uma alta taxa de mortalidade nos últimos anos e sintomas se assemelham aos de um resfriado como a tosse, febre, coriza e dor de garganta. A pessoa infectada pode ainda ter perda de olfato, paladar e dificuldades para respirar.

l Adenovírus

Pode causar infecções em diferentes órgãos, mas principalmente nas vias respiratórias. A doença provoca sintomas como febre, tosse, coriza, dor de cabeça, de garganta e de ouvido. A conjuntivite também é um sinal típico da infecção que, quando não tratada pode evoluir para uma pneumonia, otite média, meningite ou bronquiolite.

l Vírus sincicial

Esse tipo causa infecção das vias aéreas superiores e, às vezes, das vias inferiores. Os sintomas típicos podem incluir corrimento nasal, febre, tosse e desconforto respiratório.

l Metapneumovírus

Não muito diferente dos demais, o Metapneumovírus também está associado a infecções que comprometem o trato respiratório. Em casos mais graves, a doença pode levar a um estado de bronquiolite e pneumonia. Os sintomas também incluem corrimento nasal, febre e tosse.

l Rinovírus

Os sinais mais comuns da infecção por esse vírus são: Garganta inflamada, tosse, coriza, dor de cabeça e febre. Ele também se assemelha a outros resfriados comuns, mas é preciso ficar atento para que a infecção não evolua para um quadro mais comprometedor como a insuficiência respiratória ou pneumonia.

Segundo médicos, as vacinas ainda são as melhores armas para se proteger dessas doenças FOTO: Antônio Melo