Wesley Costa
Com o objetivo de apresentar oportunidades de negócio e soluções de crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Governo do Pará, realiza até esta quinta-feira (23) o evento “Rumo à COP-30: Rodada de Negócios”. Voltado principalmente ao setor de hotéis e restaurantes, a programação ocorre no Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
Durante a cerimônia de abertura realizada nesta quarta (22), a vice-governadora Hanna Ghassan lembrou que a questão do crédito foi colocada como um dos principais obstáculos de fortalecimento do turismo para a COP-30. Por isso, a realização do evento se torna tão importante para os empresários adquirem conhecimento e orientação sobre a aquisição de crédito, por meio das oitos instituições financeiras participantes.
“Estamos aqui para encontrar essas soluções que o segmento do turismo espera e assim fortalecê-lo. Essa parceria entre o governo, município e o BNDES, vai nos ajudar a atingir a meta que é deixar um legado para o nosso estado como um todo”, disse. Além do crédito, outras medidas devem ser implementadas para impulsionar o setor na preparação para receber turistas na conferência, como a isenção do ICMS para hotéis, pousadas e motéis na compra de ativos de bens, já anunciada pelo estado.
“Isso é uma forma de incentivo para aquele que quer comprar uma cama, uma televisão ou até mesmo, reformar seu hall de entrada do hotel. Então, desde a publicação do decreto ocorrido na semana passada, os empresários já possuem isenção do ICMS. Essa é uma das várias medidas que estão sendo adotadas dentro de um planejamento visando deixar um legado para o nosso estado”, reforçou a vice-governadora.
Se destacando no vento como articulador nos negócios, o BNDES quer aproximar o meio empresarial do setor financeiro. “A primeira coisa que estamos fazendo é trazer os agentes financeiros como os bancos estatais, privados e de cooperativas, que estarão aqui com seus melhores técnicos, em salas específicas, conversando diretamente com os empresários. Muitas vezes, é muito complicado para um empresário ter acesso a informações diretamente nos bancos de como as coisas funcionam. Então, o que estamos fazendo hoje já é um grande acontecimento”, avaliou o diretor Financeiro e de Crédito Digital para MPMEs do BNDES, Alexandre Abreu.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, falou sobre a importância de as linhas de crédito atenderem a todos os empreendedores. “Dentro das linhas do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) que operamos, por exemplo, temos soluções para todos os segmentos. Desde um microcrédito para aquela pessoa que tem uma barraca de comida ou food truck e quer melhorar a sua pequena produção, passando por instrumentos para o médio que deseja ampliar seu restaurante ou pousada, até aos grandes que, por exemplo, precisam reformar um hotel”, destacou.
Os investimentos feitos pelo banco, também devem contemplar soluções de melhoria da infraestrutura da capital paraense. “Estamos investindo fortemente no apoio de empresas que estão fazendo a troca das iluminações, trazendo gás natural para veículos que serão usados durante a COP, na questão do saneamento e tratamento da água. Enfim, temos muitas soluções onde o Banco da Amazônia está presente”, contou o presidente.
Ainda na tarde de ontem, os empresários foram atendidos por agentes financeiros que estavam disponíveis para orientação sobre investimentos. O diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae-PA), Rubens Magno Junior, reforçou a necessidade de os empreendedores buscarem essa formação para conseguirem aplicar os investimentos de forma correta nos seus negócios.
“A história de 50 anos do SEBRAE mostra que estamos prontos para ajudar e, quando a gente fala de crédito, o nosso time está completamente preparado da mesma forma. Trouxemos as melhores pessoas do time para orientação de crédito e trabalhar o antes, o durante e o depois do crédito. O empresário precisa entender que não basta somente tomar o crédito, mas saber quanto tomar e onde alocar esse crédito”, ressalta.