Pará

Estado aposta em economia verde para melhorar a qualidade de vida dos paraenses

Foto: Thalmus Gama/Agência Pará
Foto: Thalmus Gama/Agência Pará

O governador do Pará, Helder Barbalho afirmou nesta quarta-feira, 15, que a estratégia do Governo do Estado para o desenvolvimento socioeconômico paraense passa pela utilização do potencial ofertado pela economia verde. A afirmação do chefe do Executivo Estadual ocorreu durante sua participação no “Summit Valor Econômico Brasil – USA”, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

No evento, Helder Barbalho contextualizou que historicamente o Estado do Pará possui uma vocação mineraria protagonista, sendo forte contribuidor na estratégia alimentar do país com pecuária forte e agricultura, que avança em escalas de produção, mas que ainda é necessário a contração de uma nova economia verde para o Pará.

“Um Estado que possuí 75% do seu território em floresta nativa apostou de que é viável a construção de uma nova economia verde. Decidimos avançar na preservação do bioma, avançar com políticas públicas para agregar valor à floresta amazônica de tal modo que possamos fazer com que a floresta viva possa valer mais do que floresta morta e com isto poder garantir o cuidado aos povos da Amazônia”, explicou Helder Barbalho.

O governador detalhou ainda que a primeira medida do Estado foi combater a ilegalidade ambiental com a estruturação da máquina pública e avançar em ações para reduzir desmatamento.

“O Pará, hoje, é o Estado que apresenta a maior redução de desmatamento entre todos do Brasil. Portanto, comprometido com a agenda de redução de desmatamento, de redução de emissões para que possamos zerar o desmatamento no nosso país”, cravou.

Foto: Thalmus Gama/ Agência Pará

Como estratégia para agregar valor à floresta, Helder Barbalho mencionou que entre as medidas está a criação o Plano Estadual de Bioeconomia do Estado. “Medida que já transforma realidades, através do investimento em inovação e conhecimento, em tecnologia associado com saberes e valores ancestrais”, explicou.

“Se o Estado já é forte na commodity mineral e agrícola, a aposta agora é na commodity ambiental, a partir do mercado de carbono. E por esta razão nós criamos uma estrutura governamental, que é a nossa companhia de ativos ambientais do Estado. É uma estrutura técnica que precifica e quantifica o carbono regulado no Pará”, completou o governador.

Helder informou ainda que o Pará já tem acumulado 156 milhões de toneladas a serem comercializados de carbono até o ano de 2026 no período acumulado entre 2017 a 2021. “Já iniciamos este processo. Nós estamos encerrando agora, em junho, a primeira comercialização de 2 milhões de toneladas, cada tonelada a 15 dólares”, informou o governador.

O governador do Pará reforçou no evento que as receitas serão utilizadas para combater crimes ambientais e potencializar iniciativas voltadas economia verde.

“Também apostamos na recuperação de áreas antropizadas e, para isso, queremos fazer mudança do perfil do uso do solo. Faremos a primeira concessão da área de restauro do país. Um negócio que gera empregos verdes, oportunas e conecta o olhar pela floresta com oportunidades econômica e compromisso ambiental”, analisou.

Summit Valor Econômico Brasil – USA

Empresários, autoridades e especialistas brasileiros e norte-americanos se reuniram em Nova York nos Estados Unidos, para o Summit Valor Econômico Brazil-USA, onde irão discutir os desafios e as principais oportunidades de negócios entre os dois países.