Na sexta-feira, 9, vários especialistas em saúde coletiva participaram de um evento na ilha do Combu, em Belém, para debater os impactos das mudanças climáticas na assistência à saúde da população. O evento foi promovido pela revista digital Front Saúde, tendo como tema ‘Meeting: Clima, Saúde e Sustentabilidade’. O presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, esteve entre os principais palestrantes e debatedores do evento.
Segundo Sipriano Ferraz, secretário adjunto de Saúde do Estado do Pará e organizador do evento, as mudanças climáticas afetam o setor de saúde de diversas formas, como no impedimento do acesso da população a serviços de saúde em cenários de desastres naturais.
“Temos que aproveitar agora que a Amazônia está em evidência e poder mostrar ao mundo a realidade de quem vive aqui, as dificuldades e nossa realidade. Quem poderia imaginar que o rio amazonas poderia secar a esse ponto? Uma enchente desastrosa em Porto Alegre? As pessoas precisam ter consciência das consequências desses eventos climáticos na saúde. Como somos protagonistas da COP 30, vamos aproveitar para trazer os olhos do Brasil e do mundo pra discutir soluções sustentáveis para o sistema de saúde, e para que trabalhemos de forma preventiva a catástrofes e mudanças climáticas”, disse.
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Já o médico Sidney Klajner destacou que este é o momento oportuno para diversos setores da sociedade se unirem para evitar o surgimento de novas doenças. “Hoje em dia, por conta da alteração climática e mudança de temperatura do planeta, a gente vê doenças que não pareciam antes. A gente vê a epidemia de dengue. E os setores de saúde precisam estar preparados pra isso, e o papel educativo também faz parte. Já é hora da sociedade se juntar em todos os setores para que a gente mude um pouco essa história”.
O Pará possui 144 municípios, são diversas regiões, cada uma com uma característica específica. Os investimentos, como da saúde, precisam ir de acordo com a realidade social, preservando o meio ambiente. É o que explica a deputada federal Elcione Barbalho (MDB), presidente da frente parlamentar da COP 30 e que também participou do Meeting.
”A Amazônia é do mundo e temos a consciência de construir e não destruir. Eu conheço a população e a gente tem que começar a mostrar a importância disso aqui para o mundo. Não basta dizer que é o pulmão do mundo. Tem que ajudar a construir e a manter esse pulmão sadio”, disse. (Com informações do repórter Paulo Cidadão/RBATV)
