Foi realizada neste domingo, 10, a segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. A aplicação abrangeu as áreas de Ciências da Natureza e Matemática e suas Tecnologias, que envolvem matérias como Física, Química, Biologia e Matemática. Em Belém, o dia de prova foi marcado pela tranquilidade, mas com filas nos locais de aplicação do Exame. Não foi registrado nenhum candidato atrasado para a prova.
O estado registrou 29,3% ausentes no segundo dia das provas. E teve, portanto, 70,7% total de presentes. O Pará teve 247.752 inscritos.
No segundo dia, os estudantes novamente tiveram acesso à gratuidade no transporte coletivo, iniciativa do Governo do Pará nos municípios da Região Metropolitana de Belém. COm o benefício, os candidatos tiveram facilidade para chegar ao local de prova antes do fechamento dos portões, às 13h. Porém, desde às 10h45, os participantes já formavam filas em frente aos locais de prova, que só tiveram os portões abertos às 12 h.
Focado na vaga de Direito, Erick Marques, de 18 anos, se preparou ao longo deste ano para fazer o Enem. Questões de Estatística, Geometria Espacial e Analítica eram os conteúdos esperados por ele na prova de Matemática, enquanto as doenças virais e bacterianas e reações químicas deveriam ser abordadas de forma contextualizada no caderno de Ciências da Natureza. Seguro de que faria uma boa pontuação, o candidato contava com uma estratégia comum entre os participantes: começar pelas questões mais fáceis para ganhar tempo para as mais elaboradas.
“Estou calmo e tranquilo, acredito que estudei bastante e o que vai cair é tudo o que eu me esforcei para aprender. Pretendo começar com as questões mais fáceis de Matemática, seguir para as mais fáceis de Natureza e depois revezar até o horário do término. Acredito que minha prova será parecida com o primeiro dia, uma prova fácil, com questões contextualizadas. Vou conseguir fazer boa parte da prova com uma noção melhor do tempo e a estrutura da prova”, previu o estudante do 3o ano do Ensino Médio.
Aos 17 anos, Lorena Carvalho prestou o Enem pela terceira vez, este ano valendo vaga em uma universidade. Licenciatura em Letras, Engenharia de Automação e Licenciatura em Física foram as três opções de curso que ditaram uma boa preparação ao longo do ano. Para alcançar a vaga, ela começaria pelas questões mais fáceis de matemática básica, partindo para as mais simples de Ciências da Natureza, sendo as mais difíceis as últimas a serem respondidas.
“Em matemática eu acho que vai cair regra de três, probabilidade, razão e proporção, conteúdos voltados a matemática básica. Se sair disso, deve cair um pouco de trigonometria e geometria analítica. Já para a prova de Química eu sei que vai cair estequiometria. No primeiro dia de prova, eu me saí bem na redação e nas questões de Linguagem. Eu acho que se juntar o meu desempenho da primeira prova com os meus conhecimentos de hoje eu consigo a pontuação para passar no vestibular”, afirmou a pré-universitária.
As aulas de cursinho, exercícios e videoaulas auxiliaram Kauane Ramos, 17, na preparação para o Enem. Foi a primeira vez que a estudante do Ensino Médio realizou a prova com foco na vaga nos cursos de Direito e Ciências Biológicas. “Eu estudei bastante Biologia porque é a matéria que mais sei. Espero que a prova esteja boa, fácil, apesar de ser extensa e um pouco mais complicada do que o primeiro dia. Eu vou começar com as questões mais fáceis e medianas de matemática, que exigem regra de três, e também biologia. Acho que a prova vai seguir o mesmo padrão do primeiro dia com muita interpretação de texto”, disse a discente.
A tão almejada vaga no curso de Nutrição estava apenas a uma prova de distância da estudante Alice Vitória, de 18 anos. Na busca pela entrada no ensino superior, o nervosismo era o principal obstáculo na hora da prova. Por isso, a revisão dos conteúdos das questões seria o principal aliado dela, que optaria por começar com o caderno de Ciências da Natureza para depois seguir com Matemática.
“Eu considero que me preparei mais ou menos para a prova, mas apesar disso o nervosismo pode me atrapalhar. Minha mãe já disse que não tem problema se eu não passar, mas sempre tenho esperança de conseguir uma vaga. Eu revisei os assuntos que mais caem, principalmente em Matemática, que cai Escala, Geometria Plana e Espacial e Trigonometria. Mas mesmo assim eu devo começar com Ciências da Natureza para me dar mais esperança com as questões de Matemática, que são mais trabalhosas”, revelou.
Pais e responsáveis dão suporte às ‘crias’
Durante o dia de provas, pais e responsáveis estiveram presentes para dar suporte aos filhos, que almejam uma vaga em uma universidade pública. Para eles, o apoio era importante para afastar os principais vilões da prova: o nervosismo e a insegurança. Seja de bicicleta, a pé ou como candidatos, mães e pais exerceram o papel de força e esperança para os candidatos que se prepararam ao longo de um ano inteiro para o exame.
Realizar a prova do Enem foi a maneira de Jérsia Lima prover segurança aos dois filhos na fase pré-universitária. Era o segundo ano que ela prestava o exame com a finalidade de incentivar os estudantes. “Nós sempre nos inscrevemos juntos, mas nos outros anos não coincidiu de fazer no mesmo prédio. Eu faço isso para incentivar eles. Acho que participar é a melhor forma de apoiar para que eles tenham um bom desempenho. Me sinto muito orgulhosa porque eles se dedicaram bastante o ano todo”, contou a estudante, de 46 anos.
Já a autônoma Janete Torres, de 51 anos, esperou a abertura dos portões e acompanhou a filha até a sala que faria a prova. Para ela, a atitude é uma forma de dar confiança para a estudante, que estava muito nervosa. Confiante da capacidade da filha, Janete desejou uma boa prova e agora aguarda pelo resultado ao lado da menina, que sonha cursar Nutrição.