Ana Laura Costa
Nesta sexta (03), o terceiro “aulão” gratuito para estudantes da rede pública de ensino, foi realizado na Unama BR, em Ananindeua, na Grande Belém, lotou três auditórios da universidade em função da quantidade de alunos ávidos por conhecimento às vésperas da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre amanhã (5). Mais de mil estudantes paraenses se inscreveram nos aulões, que iniciaram desde o dia 2 de outubro, na Escola Estadual Dom Pedro II.
No domingo, estudantes de todo o Brasil farão as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, que inclui as disciplinas de Língua Portuguesa; Literatura; Língua Estrangeira (Inglês ou espanhol); História; Geografia; Filosofia e Sociologia, além de Redação, foco do resumo teórico e da resolução de exercícios dos professores que ministraram as aulas na tarde de ontem.
De acordo com coordenador do cursinho Enem Pará e professor de História, Diego Maia, as aulas gratuitas do cursinho preparatório realizado por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), são de fundamental importância para os alunos da rede pública.
“O Enem Pará vem funcionar como um reforço estudantil para esses alunos, principalmente para recompor aprendizagens que foram prejudicadas pela pandemia do Covid-19. Então, a gente faz uma recomposição de aprendizagem baseada em assuntos que são recorrentes na prova, fundamental para esse aluno também ter uma boa preparação”, destaca.
Para a estudante Ellen Souza, de 19 anos, que vê na educação uma possibilidade de mudar a própria realidade e ajudar sua família a partir do ingresso na universidade, os aulões têm sido muito importantes na preparação para a prova do exame e sua futura aprovação no curso de Fisioterapia.
Notícias Relacionadas
'GESTÃO CAÓTICA'
Após ameaça de intervenção, diretora geral da Unimed Belém renuncia; entenda a crise
Presidente da Unimed Brasil classificou de 'anormalidades econômico-financeiras e administrativas da Unimed Belém' e denunciou diversas irregularidades.
MEIO AMBIENTE
Dia da árvore : Agroextrativistas promovem a restauração florestal
Iniciativa é impulsionada pelo projeto Marajó Socioambiental. Eles se preparam para atender ao mercado de sementes e mudas agroflorestais
“Vou fazer o exame pela segunda vez, sempre quis me formar na área, me identifico e quero ajudar as pessoas. Então, participei de todos os aulões. Vejo o ingresso na faculdade como uma forma de mudar a minha vida e a da minha família”, pontua.
A costureira de 57 anos, Marizete Rodrigues, já vislumbra no exame a chance de realizar o sonho antigo de se formar em pedagogia.
“Quando eu era jovem, sonhava em ser professora, então estou correndo atrás de um sonho que começou lá atrás, quando dava aulas para crianças, assim que saí do antigo magistério. Por conta das coisas da vida, fui deixando para trás, até porque cuido de um filho que necessita de cuidados especiais. Tenho outro filho que hoje é formado em psicologia e me incentivou muito agora. É isso, estou correndo atrás de um sonho”, afirma.
Para fazer bonito no primeiro dia de prova, o professor Diego Maia dá algumas dicas de ouro. A primeira é que o aluno comece mapeando as questões mais fáceis. “Geralmente as mais fáceis são aquelas que contêm imagem, mapa, gráfico, tabela. Geralmente são essas questões que são as mais básicas e esse aluno não pode errar. Então, a primeira coisa a fazer é mapear a prova”, destaca.
Ainda de acordo com o professor, a segunda coisa é começar fazendo a redação, já que a prova é cansativa e no início a mente está mais “leve”, comenta.
“A terceira a se fazer é resolver as questões que foram mapeadas no início, as questões que são básicas, logo depois da redação, pois elas não podem ser perdidas, porque se você errar questões básicas e acertar as mais difíceis, a teoria de resposta ao item, acredita que você está chutando. E aí sim, passar para as questões mais difíceis, que é a possibilidade, inclusive, de fazer um chute de qualidade e não correr tanto o risco de ter a sua nota despencada”, completa.
