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Emergência: Quando procurar atendimento médico?

No momento em que temos sintomas mais fortes ou fora do normal, sempre fica a dúvida sobre o momento de procurar uma unidade de saúde ou para qual local ir. Saiba o que fazer, quando e onde ir
No momento em que temos sintomas mais fortes ou fora do normal, sempre fica a dúvida sobre o momento de procurar uma unidade de saúde ou para qual local ir. Saiba o que fazer, quando e onde ir. Alberto Bitar/ Diário do Pará.

Imagine a situação: em determinado momento do dia você sente um sintoma mais forte ou diferente do habitual e logo surge a dúvida se será necessário procurar o atendimento de emergência em algum hospital ou é possível aguardar por uma consulta com o médico especialista. O que fazer nesses momentos?

Há diferentes motivos que podem nos levar a procurar um médico. Isso envolve desde consultas periódicas e preventivas, um problema específico ou até mesmo acidentes que nos fazem buscar por atendimento de emergência, além de sintomas mais graves como os de ataques cardíacos.

Mas, afinal, como saber se a dor no peito justifica chamar a ambulância ou sair correndo para o hospital? De acordo com o cardiologista Antonio Moreira, os sintomas e o tipo de dor podem ajudar a determinar o tipo de ajuda necessária. A dor no peito, por exemplo, sempre gera uma preocupação para quem a sente, afinal, esse pode ser considerado o sinal mais conhecido de um infarto.

“Evitar procurar atendimento médico pode ser arriscado em situações em que os sintomas parecem leves ou intermitentes, é difícil determinar a gravidade do problema sem avaliação profissional. Se os sintomas de dor no peito são recorrentes, leves ou breves, ainda assim é prudente consultar um médico para investigação e garantir que não haja preocupações subjacentes, especialmente se existirem fatores de risco como histórico familiar de problemas cardíacos e doenças prévias”, esclarece.

 

Fique atento aos sinais para buscar ajuda

Normalmente, qualquer dor torácica aguda ou desconforto súbito justifica atendimento de emergência.

“A dor torácica é mais comum em situações que envolvem problemas cardíacos, como o infarto do miocárdio. Para essas causas potencialmente graves, o tratamento rápido é fundamental para a sobrevivência. Por isso, não é recomendado dirigir ou pegar carona para um hospital nestes casos. Enquanto aguarda a ajuda chegar, a pessoa deve descansar confortavelmente e evitar esforços físicos, mantendo-a calma e monitorando seus sinais vitais se possível”, afirma o cardiologista.

Entretanto, o sintoma nem sempre indica algo grave. Às vezes, o desconforto no peito é resultado de algo mais simples, como gases, azia, inflamação na cartilagem da costela ou até mesmo ansiedade. Antonio Moreira orienta que é necessário buscar um serviço de emergência quando o paciente identificar os seguintes sintomas: dor no peito intensa, sensação de pressão ou aperto; febre, alterações de fala, força ou sensibilidade; dificuldade respiratória grave ou sensação de sufocamento; desmaios ou perda súbita de consciência; vômitos, evacuação ou tosse com sangue; dor abdominal intensa e súbita; perda de força ou dormência em membros; exaustão acentuada que impede a alimentação ou a execução de atividades cotidianas e confusão mental.

Texto de Gilberto Moura