Pará

Eclipse solar poderá ser visto no Pará; mas cuidado ao olhar para cima

Jorge Castiñeira informa que a UFPA irá promover observação do fenômeno neste sábado. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
Jorge Castiñeira informa que a UFPA irá promover observação do fenômeno neste sábado. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Trayce Melo

Amanhã (14), ocorrerá o chamado eclipse solar anular, um dos eventos astronômicos mais esperados do ano. O fenômeno ocorre quando o Sol pode ser visto na forma de um anel ao redor da sombra da Lua. O fenômeno poderá ser observado em todo país, porém os locais que terão a melhor visão estão na região Norte e Nordeste do Brasil, como em Natal (RN), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e São Félix do Xingu (PA). Nas outras regiões do país ele será um eclipse parcial.

O professor de física e coordenador do Centro Interativo de Ciência e Tecnologia da Amazônia (CICTA/UFPA), Jorge Castiñeiras, explica que o próximo eclipse solar é chamado de anular em razão do alinhamento da Lua entre a Terra e o Sol que forma uma espécie de “anel de fogo” ao redor da Lua no momento máximo do eclipse.

“O eclipse solar é quando a Lua está alinhada com o sol e a terra e ela fica no meio. Então, o disco da lua passa na frente do disco solar. Nesse caso, o tamanho da lua e do sol aparente no céu muda ao longo do ano, por conta que a órbita da terra e da lua não são exatamente circunferências, são elipses”, exemplifica.

“O eclipse vai aparecer no momento que o tamanho aparente da lua é um pouco menor que o tamanho aparente do sol. Nesse eclipse ela é incapaz de cobrir completamente o disco solar. Dependendo da posição, como em São Félix do Xingu, vai dar para ver perfeitamente os anéis”, descreve. A observação de um eclipse lunar depende muito de fatores climáticos, ou seja, é preciso que o céu esteja sem muita nebulosidade, informa o professor Jorge Castiñeiras.

CUIDADOS

Jorge Castiñeiras ressalta que um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol. O professor alerta a quem for observar o fenômeno que não olhe diretamente para o Sol, nem mesmo durante um eclipse. “Olhar direto para o sol pode causar danos sérios nos olhos”, afirma. “Para observar o eclipse, o ideal é usar óculos específicos para observação ou filtros de solda número 14. É possível ainda ver o eclipse de forma indireta, através de câmaras escuras feitas em casa com caixas de papelão ou caixas de sapato.

Confira as recomendações para a observação:

O que evitar?

  • Óculos de sol comuns (ou vários pares de óculos de sol), densidade neutra ou filtros polarizadores (como aqueles feitos para lentes de câmeras);
  • Vidro fumê;
  • Filme fotográfico ou chapas de Raio X (não exposto, exposto ou revelado);
  • DVDs;
  • Quaisquer outros materiais sobre os quais se possa ter ouvido falar para visualização solar não são seguros;
  • Vidro de solda com numeração MENOR que n°14 não são recomendados para observação solar.

Alguns filtros e visualizadores solares seguros:

  • Óculos para eclipses;
  • Visualizadores solares portáteis e/ou folhas ou rolos de material de filtro solar para visualização direta da face brilhante do Sol;
  • Filtros solares para telescópios, binóculos e lentes de câmeras;
  • Filtros Solares para Smartphones;
  • Projetores ópticos solares são dispositivos usados para observação solar indireta. Eles usam lentes e espelhos para projetar uma imagem do Sol em uma superfície branca;
  • Vidro de solda n° 14.