Pará - Mesmo quando um produto tem a sua primeira utilidade encerrada, ele ainda pode ser matéria-prima para novas produções. O princípio, alinhado ao conceito de economia circular, norteia uma iniciativa da Unimed Belém que visa destinar materiais em desuso como lençóis, fronhas, mantas e peças de enxoval para uma cooperativa que realiza trabalhos artesanais.
A assessora de sustentabilidade da Unimed Belém, Thais Salgueiro, explica que o programa Reciclo existe há 2 anos com o objetivo de realizar o processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto, por meio da reciclagem. Além de aliviar a pressão sobre os aterros sanitários, a medida ainda possibilita a economia de matérias-primas, água e energia, sendo menos poluente. “Além do mais, contribui para a economia circular, uma vez que os materiais em desuso (lençóis de campo cirúrgico, fronhas, mantas, peças de enxoval, etc.), rasgados ou inutilizados dos Hospitais da Unimed Belém, ao invés de serem descartados para incineração, são doados para reciclagem para a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (COOSTAFE) que realiza trabalhos sociais e artesanais, agregando valor social e ambiental ao destino dos materiais ao transformá-los em novos produtos, permitindo que os mesmos circulem, diminuindo, assim, a produção de resíduos dos hospitais da cooperativa de saúde e realizando a destinação final mais adequada”.
As doações para a cooperativa social são realizadas trimestralmente. Ao longo de 2024, um total de 1.477,55 kg de materiais foram destinados para a cooperativa e, em 2025, as doações já somam 1.067,97 kg. São lençóis de campo cirúrgico, fronhas, mantas, peças de enxoval e toalhas que não têm mais utilidade nos hospitais da Unimed Belém, mas que na COOSTAFE ganham uma nova função: servem para a confecção de ecobags, enxovais de bebê, roupas, almofadas, necessaires, quadros de pintura, entre outros produtos. “São os materiais que não serão mais utilizados nos hospitais da Unimed Belém. Portanto, os materiais/enxovais dos hospitais da cooperativa de saúde vão para a cooperativa parceira, fortalecendo a economia circular e cuidando do meio ambiente, reduzindo os resíduos e, também, trazendo economias financeiras para a cooperativa de saúde”.
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Sustentabilidade e a Unimed Belém
Thais Salgueiro aponta, ainda, que o programa Reciclo integra uma política mais ampla de sustentabilidade desenvolvida dentro da cooperativa de saúde. “O programa faz parte da política de sustentabilidade da Unimed Belém, no qual tem adotado diversas iniciativas relacionadas aos princípios de ESG (Ambiental, Social e de Governança) para promover não apenas a saúde e bem-estar de seus clientes, mas também para contribuir com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social na comunidade onde atua”, explica. “A Unimed Belém têm buscado adotar práticas sustentáveis para reduzir os impactos ambientais de suas atividades”.
Entre as iniciativas, ela destaca a implementação de programas de reciclagem, descarte correto de resíduos hospitalares e redução do uso de papelão; investimento em tecnologias mais eficientes do ponto de vista energético, como o uso de iluminação LED e sistemas de energia renovável, como painéis solares para reduzir a pegada de carbono da operação; adaptação de processos que diminuem o consumo de água e incentivam o uso consciente dos recursos hídricos, como o sistema de reaproveitamento da água pluvial e a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE; entre outras. “Além disso, a Unimed Belém busca integrar tecnologias inovadoras para aprimorar o cuidado com a saúde e otimizar seus processos internos. Isso inclui o uso de telemedicina, prontuários eletrônicos e inteligência artificial para diagnóstico e personalização de tratamentos, o que também tem impacto positivo no meio ambiente (por exemplo, menos necessidade de deslocamento e materiais físicos)”.
