Pará

Leitores acompanharam evolução do DIÁRIO

 Hoje o processo e quase todo automatizado. Antes a impressão era feita no chumbão. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Hoje o processo e quase todo automatizado. Antes a impressão era feita no chumbão. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Hoje o processo e quase todo automatizado. Antes a impressão era feita no chumbão. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

CINTIA MAGNO

 

Desde as primeiras páginas rodadas no chumbão, foram muitas as evoluções vivenciadas no processo de impressão do DIÁRIO para levar o melhor conteúdo aos seus leitores. Ao longo de quatro décadas de existência, investimentos proporcionaram modernização ao veículo e, em alguns casos, o pioneirismo no que se refere à qualidade de impressão no Estado. Uma história que continua a ser documentada diariamente.

 

O vice-presidente do Grupo RBA, Camilo Centeno, lembra que ao longo de todos esses 40 anos, a impressão do jornal se modernizou de forma bastante significativa e acentuada. O processo inicial, em que se usavam os ‘chumbinhos’ para se formar as palavras, um processo quase manual, desapareceu completamente e tudo passou a ser feito todo de forma automática, digital.

 

“Com as novas impressões rotativas, esse processo também acelerou, então, hoje você tem um processo em grande parte digitalizado”, explica. “Até o momento em que as chapas de impressão vão para a máquina, o processo é todo digital. A máquina praticamente opera sozinha”.

 

O maquinário que possibilita tal processo, garantindo agilidade e maior qualidade de impressão, já faz parte do parque gráfico do jornal há algum tempo. Mas as melhorias não param por aí, o processo de impressão é aperfeiçoado constantemente.

 

“O que o jornal tem, cada vez mais, aprimorado é a qualidade do material impresso. São processos digitais que cada vez mais são melhorados, novos softwares, novas formas de tratamento de imagem, a questão da economia na tinta para que cada vez mais o processo se torne ecologicamente sustentável, usando menos água, menos tinta, reduzindo o desperdício de papel”.

 

Processo de impressão no Chumbão. Foto: Reprodução

ECONOMIA

Ainda que todo o papel utilizado pelo DIÁRIO seja biodegradável, a empresa não deixa de se preocupar com a otimização do processo, reduzindo a necessidade de insumos, sem perder qualidade. “Nós temos trabalhado muito fortemente nisso, cada vez mais em economia de energia, em economia de recursos, de água, investindo para que o jornal se torne cada vez mais sustentável do ponto de vista ambiental, para que a gente tenha uma redução da quantidade de insumos que utilizamos, mesmo sendo todos eles biodegradáveis. Trabalhamos tecnicamente para que se consiga imprimir com a mesma qualidade, usando o mínimo possível de insumos”, reforça Camilo Centeno. “Então, esse processo é contínuo. Na medida em que novas tecnologias vão surgindo, vamos incorporando ao nosso parque gráfico”.

 

Na época em que o gerente industrial do parque gráfico do DIÁRIO, Dirceu Reis, ingressou na empresa, em 1999, o que a tecnologia proporcionava à impressão gráfica era bem diferente do que é possível fazer hoje. Ele lembra que, naquela ocasião, o parque gráfico do jornal contava com uma rotativa Harris, que já imprimia o jornal colorido, mas não todas as páginas. “A gente tinha uma limitação em relação ao número de páginas e também na velocidade de impressão”, lembra. “Já em 2001 foi inaugurada a nova planta da gráfica, com a impressora DGM-430, que é a nossa atual máquina. Foi uma planta que chegou com três torres para fazer o jornal totalmente colorido. Foi um diferencial que o DIÁRIO adotou”.

 

Atual processo gráfico do DIÁRIO. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

AUTONOMIA

 

De lá para cá, esse maquinário passou por vários updates e hoje conta com seis torres, o que gera uma autonomia de 20 páginas totalmente coloridas de caderno standard ou 40 páginas de tabloide. Além de permitir rodar cadernos conjuntos, dois ou três cadernos de uma vez. “Nessa máquina a gente também fez a implantação de forno com cura UV, que possibilita utilizar papel especial, tinta especial para atender à demanda do mercado. Com elas a gente faz várias revistas, encartes, capas especiais dos cadernos de aniversário, cadernos do Círio, fruto desse upgrade que possibilita fazer a impressão em tinta e papel especial”.

 

Possibilitando outras melhorias, os investimentos realizados ao longo dos anos permitiram que o DIÁRIO fosse pioneiro em algumas evoluções no seu parque gráfico, gerando maior qualidade, com redução de insumos e custos. “Nós fomos pioneiros em colocar o jornal totalmente colorido. Também fomos pioneiros quando adquirimos o sistema de geração de chapa para a máquina de forma automática”, lembra Dirceu, ao explicar como funciona o chamado CTP (Computer to Plate).

 

“Nós fomos o primeiro jornal e, na verdade, a primeira gráfica na região a adquirir um CTP. Antigamente, para imprimir o jornal, você tinha que gerar os fotolitos, os filmes que eram revelados através de químicos e depois eram colocados em uma mesa de luz para que um operador fosse até lá com uma tesoura para fazer a montagem. O CTP eliminou essa etapa e, com isso, você tem ganho de performance e ganho de qualidade”.