Pará

Dia dos namorados: amor que se fortalece no dia a dia

Cláudio Henrique e Camila Moraes construíram a relação que têm hoje dia após dia  Foto: Irene Almeida
Cláudio Henrique e Camila Moraes construíram a relação que têm hoje dia após dia Foto: Irene Almeida

Cintia Magno

Da maneira mais inesperada, o olhar trocado com um velho conhecido ou mesmo com uma pessoa que acabou de ser apresentada desperta um interesse diferente. Basta um momento assim para que um encontro despretensioso possa vir a ser o início de uma história partilhada em casal. Neste dia dos namorados, para muitos casais o que mais importa é a relação que vem sendo construída nas atividades mais simples da vida, no dia a dia.

Namorados há sete meses, a enfermeira Camila Moraes, 23 anos, e o empresário Cláudio Henrique, 24 anos, construíram a relação que têm hoje dia após dia. Apesar de já se conhecerem, foi em um evento promovido por uma amiga em comum que eles começaram a conversar mais e, com o tempo, a se interessar de uma maneira diferente um pelo outro.

“A gente se conheceu através de uma amiga em comum, ela marcou um evento e a gente foi. A gente já se conhecia, mas não conversava. Mas nesse dia eu acabei indo sozinha, ele também e foi quando a gente se aproximou”, lembra Camila. “Uns quatro meses depois disso a gente começou a conversar mais e a se ver”.

Até que começassem a namorar, passaram-se alguns meses de muita conversa e alguma convivência. Quando perceberam que a vontade de ficar juntos era maior do que qualquer diferença, porém, tudo ocorreu muito rápido. “A gente é bem diferente um do outro e geralmente as pessoas que são muito diferentes não ficam juntas, mas eu queria muito dar certo com ela”, lembra Henrique. “Ela se tornou uma pessoa muito especial para mim e chegou um momento que ou eu perdia ela, ou abraçava de vez e eu decidi abraçar. Não é à toa que as coisas aconteceram muito rápido, hoje nós moramos juntos”.

Para que vencessem qualquer diferença, as relações construídas no dia a dia foram fundamentais. “Em relação às diferenças, a gente foi conversando e relacionamento é realmente abrir mão pelo outro. Eu abri mão de algumas coisas, ela também, então, conversando a gente conseguiu juntar o que era bom para um e para o outro. Sem privar o outro e dando continuidade na vida, só que juntos”, conta Henrique.

“A gente conversava bastante e teve um dia que eu resolvi baixar a guarda para ver se realmente dava certo. Eu abracei coisas e abri mão de outras, assim como ele também e a gente se dá super bem. Esse ano será o nosso primeiro dia dos namorados”.

CONVIVÊNCIA

A convivência diária também é fundamental no relacionamento das psicólogas Louise Britto, 30 anos, e Cláudia Vigário, 24 anos. Louise lembra que elas se conheceram através da profissão em comum. “Eu já estava formada em psicologia e a Cláudia veio falar comigo para uma entrevista de trabalho da faculdade, a partir daí começamos a nos aproximar percebendo muitos interesses em comum”, conta, ao falar que não houve um momento específico que elas perceberam estar apaixonadas uma pela outra, mas sim um amor construído com a própria relação.

“Na construção do dia a dia, nas conversas, nas descobertas, nos momentos que íamos vivendo juntas, fomos percebendo a mudança do sentimento. Lembramos daquela sensação boa de querer estar juntas, da vontade de nos conhecermos cada vez mais e do desejo de fazer parte uma da vida da outra”.

A convivência diária também é fundamental no relacionamento das psicólogas Louise Britto, 30 anos, e Cláudia Vigário, 24 anos

Na iminência da chegada de mais um dia dos namorados, Louise e Cláudia contam o que, para elas, é mais importante. “Sempre procuramos comemorar essa data de uma forma diferente, mas sempre fazendo algo que seja especial para nós duas. Já fizemos jantar à luz de velas na sacada, já passamos o dia no Combu e neste ano estamos indo para nossa terceira comemoração juntas”.

GRAVIDEZ

No caso da enfermeira Zilvane Araújo, 31 anos, e do médico Afonso Rocha, 45 anos, esse dia dos namorados terá um motivo a mais para comemorar. Além de ser o primeiro dia dos namorados deles juntos, eles também vivenciam a expectativa da chegada do filho ou filha, com Zilvane gestante de quatro meses.

“Nesse dia dos namorados ele vai estar trabalhando no final de semana e na segunda-feira também. Mas a gente procura sempre fazer tudo muito junto, principalmente quando as folgas coincidem. No dia a dia mesmo”, conta Zilvane, considerando que a data será especial independente da programação que consigam fazer. “O mais importante é a cumplicidade, o respeito, e nas horas vagas aproveitar um tempo de qualidade juntos”.