Dezembro marca o início de uma nova fase no regime climático do Pará, com a previsão de um aumento nas chuvas, especialmente na Região Metropolitana de Belém (RMB). Após um novembro caracterizado por precipitações abaixo da média e temperaturas elevadas, a expectativa é que o último mês do ano traga alívio térmico e chuvas mais regulares. É o que explica o coordenador da 2° Divisão de Supervisão em Metrologia Legal (Disme) do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), José Raimundo Abreu.
Segundo o especialista, o Estado não enfrenta influências significativas de fenômenos como El Niño ou La Niña, o que sugere uma transição para condições mais estáveis e típicas da estação chuvosa para os próximos dias. Novembro de 2024 registrou 115 milímetros (mm) de chuva em Belém, enquanto a média para o mês seria de 151,4 mm.
Em comparação, novembro de 2023 apresentou um volume um pouco superior, de 135 mm.
Para dezembro, a previsão do coordenador é otimista. “Já tivemos chuva no primeiro dia. O cenário é de normalização climática, com máximas variando entre 32°C e 34°C, e mínimas em torno de 24°C. Em regiões litorâneas como Salinas e Bragança, as chuvas devem se intensificar a partir de 15 de dezembro, atingindo entre 60 e 70 mm no mês”, detalha sobre o nordeste paraense, caracterizado por microclimas diversos, mas que também deve registrar um aumento gradativo nas chuvas.
No Marajó, por exemplo, a estimativa é de 120 mm em municípios como Soure. O meteorologista ressalta que, para áreas litorâneas, o regime climático é influenciado por fatores como a brisa marítima e a Zona de Convergência Intertropical, que tendem a provocar chuvas mais tardias.
EQUILÍBRIO
O ano de 2024, até o momento, tem sido marcado por chuvas inferiores à média histórica no Estado, mas dezembro promete trazer um equilíbrio, com a tendência de atingir aproximadamente 300 milímetros na RMB apenas neste mês.
“A expectativa é de que, em Belém, haja chuva dia sim e dia não. A previsão é de que, a partir deste mês, o Pará retome um padrão mais consistente de precipitações, com tendência de intensificação até os meses de março e abril”, pontua.