Pará

Desmatamento no Pará teve queda de 62% no ano, segundo o Imazon

O valor registrado, referente ao mês de abril deste ano, é o menor em toda a série histórica, que vai de 2019 a 2024 .Foto: Bruno Cecim / Agência Pará
O valor registrado, referente ao mês de abril deste ano, é o menor em toda a série histórica, que vai de 2019 a 2024 .Foto: Bruno Cecim / Agência Pará

O mês de novembro registrou a maior queda no desmatamento da Amazônia do ano. Conforme dados do monitoramento por satélites do Imazon, foram derrubados 116 km² de floresta no mês, 80% a menos do registrado em 2022, quando a devastação atingiu 590 km². Essa foi a menor destruição em novembro desde 2017.

Com isso, o desmatamento acumulado de janeiro a novembro fechou com redução de 62%, passando de 10.286 km² em 2022 para 3.922 km² em 2023. Essa também foi a menor derrubada para o período desde 2017, porém ainda representa a devastação de 1,2 mil campos de futebol de floresta por dia. Taxa que precisa ser reduzida ainda mais no próximo ano para que a Amazônia chegue à 2030 com desmatamento zero, meta anunciada pelo governo federal.

O Pará fechou o ano com redução do desmatamento em 67%, ou seja, passando de 3.788 km² em 2022 para 1.196 km² em 2023, segundo o levantamento.

“Acabamos de acompanhar mais uma Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, onde as sociedades científica e civil pressionaram por maior redução das emissões de gases do efeito estufa para conseguirmos frear o aquecimento global e os eventos climáticos extremos que estão relacionados a ele. No Brasil, isso significa prioritariamente acabar com o desmatamento na Amazônia, que foi responsável pela maior parte das emissões do país no ano passado”, explica Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon.