O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 13 das 17 capitais onde o
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza
mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre fevereiro e março de 2023, as reduções mais importantes ocorreram em Recife (-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%). Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
As capitais com as cestas mais caras foram: São Paulo (R$ 782,23), Porto Alegre
(R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande
(R$ 719,15). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente,
os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 546,14), Recife
(R$ 578,73) e João Pessoa (R$ 579,57).
Entre março de 2022 e março de 2023, a comparação dos valores mostrou que a
cesta apresentou alta em 11 capitais e as maiores taxas ocorreram em Belém (13,42%), Natal (6,90%) e Salvador (5,53%). As reduções foram registradas em outras seis capitais, com destaque para a queda de -3,11%, em Curitiba.
Nos três primeiros meses do ano, o custo do conjunto de gêneros alimentícios básicos diminuiu em 11 cidades, com destaque para as variações registradas em Belo Horizonte (-6,00%), Brasília (-4,87%) e Vitória (-4,06%). Já as elevações mais importantes ocorreram em Natal (5,25%) e Aracaju (4,82%).
Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser
suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese
estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em março de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido 2 de R$ 6.571,52, ou 5,05 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00. Em fevereiro, o valor necessário era de R$ 6.547,58 e correspondeu a 5,03 vezes o piso mínimo. Em março de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.394,76 ou 5,28 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00. (Fonte: Dieese)