VEJA LISTA DOS DEMITIDOS

Crise financeira em Ananindeua: Prefeito promove exoneração em massa

Prefeito de Ananindeua exonera centenas de servidores comissionados em meio a calote e grave crise financeira. Saiba mais!

Crise financeira em Ananindeua: Prefeito promove exoneração em massa Crise financeira em Ananindeua: Prefeito promove exoneração em massa Crise financeira em Ananindeua: Prefeito promove exoneração em massa Crise financeira em Ananindeua: Prefeito promove exoneração em massa
prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), achou por bem enviar à Câmara de Vereadores um projeto de lei para destinar mais de R$ 4,3 milhões oriundos do tesouro municipal para a criação de um Gabinete de Segurança Institucional.
O prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB)

O prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), anunciou uma drástica medida para enfrentar a crise financeira da prefeitura: a exoneração de centenas de servidores comissionados. O decreto foi publicado no Diário Oficial do município na última quarta-feira, 8 de janeiro de 2025, e as demissões entram em vigor retroativamente desde 1º de janeiro de 2025 (veja lista completa dos exonerados AQUI).

Exonerações Abrangem Diversos Órgãos da Prefeitura de Ananindeua

O corte atinge servidores de diferentes secretarias, incluindo a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal de Educação, além de centenas de comissionados em outros órgãos municipais e no próprio gabinete do prefeito, como secretários e procuradores. A medida reflete o grave quadro financeiro enfrentado pelo município, que acumula dívidas consideráveis.

Aumento de Salário de Daniel Santos em Meio à Crise

A decisão de exoneração ocorre após o prefeito reeleito Daniel Santos aprovar um aumento significativo em seu próprio salário. O valor passou de R$ 12 mil para R$ 20 mil, quase dobrando seus vencimentos. O reajuste acontece em um contexto de sérios problemas financeiros, incluindo calotes milionários, como os pendentes com empresas responsáveis pela coleta de lixo e com hospitais da cidade.

Dívidas Milionárias da Prefeitura de Ananindeua com Empresas de Coleta de Lixo

A Prefeitura de Ananindeua enfrenta uma dívida superior a R$ 42 milhões com as empresas Recicle e Terraplena, responsáveis pela coleta de lixo na cidade. O débito refere-se aos serviços prestados em 2024, sem pagamento até o final de dezembro. O portal da Transparência revela que a prefeitura pagou apenas os serviços de janeiro e fevereiro de 2024, com atrasos de até sete meses, evidenciando a gravidade da crise financeira, mesmo com a arrecadação de mais de R$ 1,3 bilhão até outubro de 2024, conforme o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO).

Crise na Saúde: Hospital Anita Gerosa Suspende Atendimentos

Na área da saúde, a situação também é crítica. O Hospital Anita Gerosa anunciou a suspensão dos atendimentos hospitalares a partir de 26 de janeiro, devido a atrasos nos pagamentos por parte da Prefeitura de Ananindeua. A prefeitura recebe recursos do SUS para custear os serviços do hospital, mas esses repasses estão atrasados em até seis meses, segundo o portal da Transparência. Além disso, a prefeitura ainda não pagou os serviços prestados nos meses de agosto a novembro de 2024, nem as verbas destinadas ao pagamento do piso salarial nacional dos profissionais de Enfermagem, que inclui o 13º salário. A dívida com o hospital, que já soma R$ 3,4 milhões, inclui ainda pendências referentes ao uso de leitos de UTI em 2024.

Ananindeua Enfrenta Desafios Econômicos e Administrativos

O cenário de Ananindeua é de uma prefeitura atolada em dívidas, enquanto o prefeito Daniel Santos toma decisões polêmicas em um esforço para controlar os gastos. A exoneração de servidores e os cortes orçamentários são apenas algumas das medidas adotadas em meio à crise financeira e administrativa enfrentada pelo município.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.