Pará

CREA-PA: uma trajetória de responsabilidade técnica há 90 anos

A presidente do CREA-PA, Enga. Civil Adriana Falconeri
A presidente do CREA-PA, Enga. Civil Adriana Falconeri

Com uma história que chega neste 23 de abril a nove décadas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) foi o primeiro e mais antigo da Amazônia. Sua trajetória remonta a períodos importantes para o desenvolvimento da engenharia na região e, desempenha um papel crucial na garantia da qualidade, segurança e responsabilidade técnica das obras e serviços desenvolvidos pelos profissionais da área. 

A presidente do Conselho, Enga. Civil Adriana Falconeri, reforça que vem trabalhando para que Engenheiros, Geocientistas e Tecnólogos recuperem o orgulho em ser parte da entidade. “Nossa profissão desempenha um papel essencial na sociedade, desde a concepção de infraestruturas vitais até a inovação tecnológica. É imperativo que todos nós, Engenheiros, Geocientistas e Tecnólogos, estejamos unidos em nossa missão e sintamos orgulho do trabalho que realizamos”, afirmou.

Quando foi criado, em 23 abril de 1934, ele era conhecido como o CREA da 1ª Região e respondia pelos Estados do Amazonas, Maranhão, Piauí e pelo então território federal do Acre. 

Segundo relatos do arquiteto Antônio Albuquerque, que escreveu um breve histórico do Conselho, o primeiro registro profissional só veio sete meses depois, em novembro, com o Engenheiro Civil Jorge de Araújo Martins, natural de Soure. Ainda segundo Albuquerque, no ano seguinte à criação, houve um modesto avanço nos registros: “Em 1935, mais de 14 profissionais se inscreveram no CREA”. Hoje, depois de 90 anos, o Conselho já ultrapassa a marca 59 mil profissionais registrados.

Inicialmente, o CREA-PA operava em uma das salas da antiga Escola de Engenharia do Pará, localizada na Travessa Campos Sales. Esse período inicial foi marcado pela consolidação dos primeiros passos da instituição.

Inicialmente, o CREA-PA operava em uma das salas da antiga Escola de Engenharia do Pará, localizada na Travessa Campos Sales

De acordo com a Chefe de Documentação, Conceição Dias, funcionária do CREA-PA há 28 anos, os desafios naquela época eram diversos, desde a conscientização sobre a importância da regularização profissional até a organização administrativa e operacional da instituição. A proximidade com a Escola de Engenharia do Pará também trazia desafios e oportunidades únicas.

Chefe de Documentação, Conceição Dias, funcionária do CREA-PA há 28 anos

Ao longo dessas nove décadas, o CREA-PA consolidou-se como um órgão regulador e fiscalizador, promovendo a valorização e o aprimoramento contínuo dos profissionais de Engenharia e Geociências. Sua atuação abrange desde a fiscalização do exercício profissional até a capacitação e atualização dos profissionais, contribuindo diretamente para o desenvolvimento e seguro das atividades relacionadas as áreas tecnológicas no estado do Pará.

A presidente do CREA-PA, Enga. Civil Adriana Falconeri, tem reforçado a importância da inovação e da atualização constante diante dos desafios emergentes. Ela falou ainda sobre o papel da engenharia no futuro e na construção de soluções para os problemas do país. “Estamos cotidianamente sendo desafiados por novas realidades, cujas demandas devemos responder com eficiência.

Ela mencionou o evento da COP 30, que será sediado em Belém, como um exemplo significativo desse contexto desafiador. Com investimentos significativos previstos na infraestrutura para o evento, o CREA-PA e os profissionais da engenharia estarão ativamente envolvidos nesse processo.

De acordo com o Diretor Geral da Mútua-PA, Eng. Sanitarista Josué Rocha, a Engenharia não apenas enfrenta desafios técnicos, mas também sociais, ambientais e econômicos. “Nossa responsabilidade vai além da excelência técnica, precisamos integrar soluções sustentáveis, promover a inclusão social e contribuir para o desenvolvimento econômico do país”, disse.

O CREA-PA não é apenas uma entidade reguladora, mas também um símbolo do progresso e da excelência na engenharia e geociências na Amazônia. A engenharia é vista como uma força motriz para o progresso e o desenvolvimento sustentável, e o CREA-PA está comprometido em fortalecer esse papel.