Pará

Coxinha, uma paixão nacional que caiu no gosto do paraense

Não importa o tamanho ou sabor: trabalhar com o produto é certeza de boas vendas e clientes satisfeitos Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
Não importa o tamanho ou sabor: trabalhar com o produto é certeza de boas vendas e clientes satisfeitos Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Diego Monteiro

É quase uma unanimidade: deliciosa, versátil e de tempos em tempos chega em novas versões. Essas são algumas das características das coxinhas, salgado que é amado pela população, seja como petisco ou como iguaria gourmet em ocasiões mais sofisticadas. Presente no dia a dia, em cada esquina, o lanche foi eleito uma das melhores comidas do mundo, segundo a enciclopédia gastronômica TasteAtlas.

Para entender, basta observar o ranking da pesquisa, que colocou a coxinha na 33ª posição na lista “50 Best Rated Street Foods In The World”, que define as melhores comidas de rua do mundo, após avaliações da audiência do site. Fonte de proteína e de saciedade, a queridinha dos brasileiros recebeu 4,6 estrelas dos internautas, ou seja, próximo da nota máxima que é cinco estrelas.

Em Belém, a paixão por esse salgado pode ser vista em vários pontos da cidade, em carrinhos, food-trucks ou até pontos comerciais. Crocante por fora e macia por dentro, é possível encontrar das mais simples, com recheio de frango, carne ou a de queijo com presunto, ou se preferir, as que são mais elaboradas, como a de maniçoba, sushi, pizza, pato com jambu, entre outros.

O empresário Clemerson Gomes, 34, se especializou na produção de coxinhas e hoje vende em média 45 mil unidades por mês. “Começamos em 2019, depois veio a pandemia e ficamos preocupados com o futuro do negócio. Mas foi totalmente diferente, pois foi neste momento que recebemos muitos pedidos por delivery de pessoas que faziam questão de saborear uma coxinha”, contou.

Clemerson é proprietário do Rei da Coxinha, local responsável pelo famoso salgado de 1 quilo, tamanho que é impossível uma pessoa comer sozinho. “É muito difícil alguém encarar, então vai mais pela curiosidade mesmo. Outros trazem amigos e dividem. Mas nosso local atrai mesmo pela criatividade, pois temos coxinhas regionais, as simples, doces, veganas, fitness, para todos os gostos”, completou.

PAIXÃO
Na Antônio Everdosa, no bairro da Pedreira, um aglomerado de gente chama atenção e indica um local que virou parada obrigatória para quem trafega pela avenida, trata-se do carrinho de coxinhas do Dino. O local está sempre com as cadeiras ocupadas de clientes que não escondem o apetite e pedem várias unidades do salgado que custa apenas R$ 1.

“Se eu pudesse comia coxinha todos os dias”, declarou Regiane Ribeiro, 38. Quando a autônoma deu esta declaração já estava na quinta unidade da iguaria. “Pelo menos umas três vezes na semana eu escolho para comprar algumas e matar a minha vontade, pois como trabalhadora eu também mereço. Acho que o mundo seria triste sem coxinhas”, brincou.

Já o microempreendedor, Dino Augusto, 47, explicou que a coxinha além de oferecer prazer para quem come, é uma fonte de renda para quem trabalha com o produto. “É daqui que eu consigo pagar as minhas contas e sustentar a minha família, tudo isso graças ao amor que as pessoas têm por esse alimento que, na prática, nem é tão complicado assim de se fazer”, ressaltou.

Próximo dali, na travessa Curuzu com a avenida Almirante Barroso, encontra-se a Casa Camilo, estabelecimento que há anos ficou conhecido pelas coxinhas de caranguejo, carro-chefe do local. Damiana Santos de Oliveira, 54, contou que o segredo começa mesmo durante a produção, o armazenamento e até mesmo a forma em que o salgado é frito, antes de chegar ao cliente.

Damiana reiterou que a coxinha, acima de tudo, sempre será um produto rentável. “Eu escolhi trabalhar com esse tipo de salgado pois percebi que é um tipo de item que traz fluxo de venda. Mas para isso, é preciso ter um diferencial e aqui tenho coxinha de frango, camarão, carne, caranguejo, farinha de peixe, carne com ovo, etc. As pessoas são doidas pelo salgado, tanto que quando não abro elas reclamam no outro dia”, concluiu a empresária.