Grande Belém

COVID-19: mais de 900 mil pessoas não completaram o esquema vacinal em Belém

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que está disponível nas salas de vacinação da rede pública municipal a vacina Coronavac monovalente contra a Covid-19. Foto: Diário do Pará
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que está disponível nas salas de vacinação da rede pública municipal a vacina Coronavac monovalente contra a Covid-19. Foto: Diário do Pará

Irlaine Nóbrega

A procura pelos imunizantes contra a Covid-19 foi intensa, ontem (25), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. O anúncio da chegada de novas doses movimentou os postos de saúde, que registraram, principalmente, a grande procura pela quinta dose do imunizante. Na capital, mais de 50% da população tomou a quarta dose. Porém, o ideal é que 70% das pessoas se vacinem contra a doença. A medida visa barrar casos graves da Covid-19, que tem apresentado alta no número de casos no país.

Segundo o diretor do Departamento de Vigilância à Saúde, Adriano Furtado mais de 900 mil pessoas não completaram o esquema vacinal com quatro doses e estão susceptíveis a apresentar quadros graves de covid-19, incluindo óbitos. E mais de 50 mil pessoas não tomaram sequer a primeira dose da vacina.

Na sexta-feira passada (18), a Prefeitura de Belém iniciou a aplicação de mais um reforço. A quinta dose é voltada às pessoas a partir de 60 anos e pacientes imunocomprometidos de 18 anos ou mais, inclusive grávidas e puérperas nessa condição. Uma semana depois do anúncio, a aposentada Selma Azevedo, de 65 anos, foi a Unidade Municipal de Saúde do bairro de Fátima para garantir a dose de reforço. No local, uma sala foi reservada para imunização do público, composto por todas as idades, de bebês a pessoas de terceira idade.

A minha família é grande e teve muita gente que já pegou de novo. Eu nunca fiz teste, se peguei não sei. Eu sou Testemunha de Jeová e a gente sempre faz reunião, muitos irmãos na fé também pegaram. Eu já até senti uns espirros e a minha idade está avançada, então aproveitei logo para me prevenir. Semana passada eu fiz na Cremação e estava faltando. Aí vim essa semana logo me adiantar. Ontem teve jogo do Brasil na Copa, mas hoje eu não deixei de vir. Eu comecei com três doses de Coronavac e duas doses de reforço com a Pfizer”, contou a aposentada.

Ainda na semana passada, a gestão municipal anunciou a vacinação contra a covid-19 para crianças entre seis meses até 2 anos com o imunizante da Pfizer. A chamada Pfizer Baby marca mais uma etapa do combate a pandemia na capital.

Por isso, Daniel Scortegagna, 36, não mediu esforços para levar a filha de 7 meses para tomar a primeira dose da vacina ainda ontem (25). A imunização da pequena era muito esperada entre os familiares, já que a menina tem a imunidade delicada por conta da Síndrome de Down.

“Quanto menos ela tiver chance de se expor a doença é melhor para mim, para minha esposa, para que a gente ter uma tranquilidade com a neném. Assim que a gente ficou sabendo que ia ter a vacina para bebês, a gente ficou bem feliz porque estávamos ansiosos. Ficava ruim de levar ela para alguns lugares, para passear, exatamente por causa do medo de exposição. Ela só não veio fazer antes porque ela não estava muito bem. Assim que ela ficou bem a gente veio trazer ela. O retorno dela ficou marcado para 24 de dezembro, véspera de Natal, e a gente vai trazer ela mesmo assim”, garantiu o servidor público.

Na Unidade Municipal de Saúde do bairro da Cremação, a procura também foi grande pelas doses do imunizante contra a covid-19. Por lá, todas as doses estão disponíveis, principalmente das vacinas da Pfizer, que são encontradas na dose adulto, pediátrica e baby.

Na presença da família, Elza Santiago, 71, compareceu ao posto de saúde para garantir a terceira dose de reforço. A quinta aplicação já era esperada por ela há tempos, já que é diabética. Por isso, quando soube da chegada da vacina, correu para antecipar a imunização.

BALANÇO DE CASOS

  • O município de Belém registrou queda de 17,94% nos casos da covid-19 nas duas primeiras semanas de novembro, em comparação com a última quinzena de outubro.
  • No período de 6 a 19 de novembro, foram registrados 42 casos positivos e uma morte na capital.