Trayce Melo
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), o otimismo do setor no Estado com a proximidade do Natal está em alta. O avanço da imunização, junto com o retorno às atividades presenciais, têm estimulado o maior movimento.
A data deve movimentar as ruas de todo o país, levando mais de 118 milhões de consumidores às compras, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento aponta que o Natal deste ano deve injetar cerca de R$ 66,6
bilhões na economia.
Ainda segundo a pesquisa, percebe-se uma estabilidade na intenção de compras quando comparado ao ano passado: 73% pretendem dar presente (s) para outras pessoas no Natal deste ano (em 2021, eram 77%). Entre os que não vão presentear, 30% afirmam não gostar ou não ter o costume, 28% não têm dinheiro, e
16% estão desempregados.
O presidente do Sindilojas, Eduardo Yamamoto, analisa que o cenário é positivo e reflete a retomada da economia no período pós-pandemia.
“Esperamos um crescimento nas vendas em relação a 2021 aqui no Estado, tudo isso devido ao aumento na confiança de compra do consumidor, da injeção do 13º salário e de incentivos governamentais, como o auxílio de R$ 600. Além disso, a estabilização e controle da pandemia da Covi-19 reaproximou o consumidor tanto das atividades sociais. O que o leva a comprar mais, seja para si ou para presentear”, pontua.
Ele também conta sobre a expectativa do próprio comércio. “A expectativa é alta, como mostrou a pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio – ICEC (Fecomércio PA/CNC), realizada em outubro, e que reflete as expectativas para os meses seguintes. O indicador de expectativa para o setor de comércio indicou que para 53,9% dos empresários, as vendas nos próximos meses devem melhorar muito e 39,3% esperam que
melhorr pouco”, detalha.
O presidente do Sindilojas destaca a importância da data para o comércio. “O natal sempre é uma data que movimenta o comércio por conta da troca de presentes. Este ano, mais ainda, por conta do fim das restrições pandêmicas. Espera-se um aumento das vendas de itens de decoração natalina, produtos de beleza e cosméticos, roupas e vestuário em geral, artigos infantis, eletroeletrônicos e alimentos”, conclui.
PRESENTES
O Centro Comercial de Belém é um dos principais pontos de comércio popular do Estado. Muita gente vai até o local para garantir os presentes e a decoração de casa de Natal. O casal Douglas Damasceno, 39, desenvolvedor de sistemas e Hellen Assunção, 34 anos, autônoma, comprou a decoração para a árvore de natal.
“A expectativa era comprar presentes para toda a família, mas pelo que estou observando nos preços, vai ficar só na lembrancinha. Estamos vendo primeiro a decoração da casa, precisamos caprichar na decoração para receber o menino Jesus, nosso salvador. Mas até os jogos de luzes e bolas de natal tiveram um aumento considerável”, lamenta.
O atendente, Rafael Chagas, 28, recém-contratado em uma loja de vestuário, está animado.
“As pessoas vão começar a receber o décimo, outros benefícios e também é a retomada das festas de final de ano de forma presencial e sem restrições. Já percebemos um aumento de clientes com a chegada do Círio, da Copa e agora vai começar a Black Friday. A loja estava apenas com dois atendentes e precisou fazer novas contratações, agora somos quatro. No ritmo que estamos, até dezembro a loja deve atender com seis funcionários.”