
A iniciativa é fruto da parceria entre o Grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) — por meio de seu programa Amazônia Sempre —, o Museu Goeldi e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento terá a presença de representantes dos oito países amazônicos e mais de 50 parceiros institucionais, consolidando Belém como capital da discussão climática e científica da região.
A cerimônia de abertura, marcada para o dia 10 de novembro, às 17h, será aberta à imprensa e contará com a participação do presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn; da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; do diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas; e do embaixador da Suíça, Hanspeter Mock, além de autoridades locais.
O evento marca também a inauguração da exposição “Diversidades Amazônicas” e de um mural artístico no Centro de Exposições Eduardo Galvão, ambos com apoio do BID — um tributo visual à riqueza cultural, social e ambiental da Amazônia.
O Grupo BID vai promover mais de 80 eventos durante a COP30, reunindo líderes e especialistas para apresentar soluções que fechem lacunas de financiamento climático, da natureza e do desenvolvimento. As atividades, abertas aos jornalistas sem necessidade de credenciamento, destacam parcerias, inovação e impacto mensurável na América Latina e no Caribe.
Bioeconomia, Cidades e Resiliência
Ao longo de 14 dias, o público poderá acompanhar painéis e debates sobre bioeconomia, inovação, cidades amazônicas e infraestrutura resiliente. A programação busca destacar a Amazônia não apenas como bioma, mas como território vivo, habitado e dinâmico.
A bioeconomia, vista como modelo transformador para o desenvolvimento sustentável, será tema de destaque, com a participação de líderes indígenas, pesquisadores e empreendedores. Já o debate sobre urbanização na Amazônia abordará os desafios enfrentados pelos centros urbanos que concentram 70% da população amazônica, com ênfase em soluções baseadas na natureza e em políticas de resiliência climática.Inovação e novas ferramentas
Inovação e Novas Ferramentas
Durante o evento, instituições financeiras públicas e privadas apresentarão soluções de inovação e inclusão financeira voltadas ao fechamento das lacunas de financiamento climático.
Entre os lançamentos esperados está a AmazoniaForever360+, uma plataforma gratuita de inteligência geoespacial desenvolvida para apoiar governos, pesquisadores e a sociedade civil com dados atualizados sobre a região.Conhecimento e a Amazônia
Conhecimento e a Amazônia
Mais do que uma parceria pontual, a união entre o programa Amazônia Sempre e o Museu Goeldi simboliza um compromisso de longo prazo com o conhecimento, a ciência e a preservação da floresta. O apoio do BID inclui a restauração da infraestrutura histórica do Museu, garantindo que a instituição siga como um espaço de diálogo entre a sabedoria tradicional dos povos amazônicos e o rigor científico que há mais de 150 anos guia suas pesquisas.
Com essa colaboração, o Museu Goeldi reafirma seu papel de guardião da memória e da biodiversidade da Amazônia — e Belém se consolida como ponto de convergência mundial para pensar o futuro da floresta e de quem nela vive.Amazônia Sempre
Amazônia Sempre
O Amazônia Sempre é o programa regional do Grupo BID que busca proteger a biodiversidade e impulsionar o desenvolvimento sustentável na região. Atua em três frentes: ampliar o financiamento, promover a troca de conhecimento e fortalecer a coordenação entre os oito países amazônicos.
Suas ações se organizam em cinco pilares: combate ao desmatamento, bioeconomia e economias criativas, investimento em pessoas, cidades sustentáveis e conectividade, e produção agropecuária de baixo carbono.
Museu Paraense Emílio Goeldi
Fundado em 1866, o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), é referência mundial em pesquisa sobre a biodiversidade e culturas amazônicas. Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), abriga um rico acervo científico e atua por meio do Parque Zoobotânico, do Campus de Pesquisa e da Estação Científica Ferreira Penna. Durante a COP30, o Museu reafirma seu papel como espaço de diálogo entre ciência, saberes tradicionais e políticas globais de sustentabilidade.
Editado por Luiz Octávio Lucas