MEIO AMBIENTE

COP29: Pará assina acordo para a venda de créditos de carbono

Descubra o que são créditos de carbono e como eles podem fortalecer a sustentabilidade ambiental. Confira!

No Azerbaijão, Governo do Pará reafirmou a defesa da sustentabilidade para o desenvolvimento econômico e geração de empregos
No Azerbaijão, Governo do Pará reafirmou a defesa da sustentabilidade para o desenvolvimento econômico e geração de empregos

A terça-feira (12) foi marcada pela presença mais ativa da delegação do Brasil e do Estado do Pará na conferência do clima que ocorre em Baku, no Azerbaijão. No primeiro dia de agenda oficial do Governo do Estado do Pará na COP29, o governador Helder Barbalho assinou um acordo para fortalecer transações de crédito de carbono, além de participar de painéis e reuniões na Zona Azul da conferência do clima.

O acordo voltado a transações de crédito de carbono foi assinado entre o governador do Estado, Helder Barbalho, e pelo vice-presidente da AMBIPAR, empresa de gestão ambiental que atua na comercialização de créditos de carbono dentro do Sistema Jurisdicional de REDD+ (SJREDD+), Rafael Tello. O memorando de entendimento firma uma parceria entre a Companhia de Ativos Ambientais e Participações do Pará e a AMBIPAR para aumentar o valor financeiro e ambiental dos créditos de carbono.

Durante a COP, inclusive, ele reforçou a importância dos créditos de carbono para uma economia da floresta em pé.

“Esta COP29 sinaliza claramente que o mercado de carbono passa a ser uma grande oportunidade. O mercado de carbono é o que pode fazer com que a floresta amazônica, com que a floresta existente no nosso Estado possa, efetivamente, deixar recursos para quem vive na floresta, para os povos indígenas, para os quilombolas, para a agricultura familiar, para os povos tradicionais, para os proprietários de áreas que, hoje, tem agricultura, pecuária, floresta e, inclusive, reservas nas suas propriedades e que podem começar a ter recursos, também, por preservar este estoque florestal e estas propriedades”.  

Helder fala sobre expectativas para a COP30

Ainda durante o cumprimento da agenda na COP29, em Baku, o governador Helder Barbalho também falou sobre as expectativas que ficam para a COP30 e o importante legado que a conferência do ano que vem deve deixar para Belém e para o estado do Pará.

“O objetivo deste evento é deixar um legado ambiental, para que a Amazônia tenha valor, para que a Amazônia possa construir um protagonismo por um lado preservando a floresta, garantindo com que a Amazônia contribua para o equilíbrio do clima, mas acima de tudo, para que isso seja revertido na transformação da vida das pessoas que vivem na Amazônia”, destacou.

“Nós temos 29 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia brasileira e essas pessoas precisam ter acesso a uma vida melhor e nós só conseguiremos fazer isso se este ativo, se esta riqueza, se este tesouro que é a floresta puder gerar riqueza para quem cuida desta floresta. Nós temos que deixar esse legado no momento em que a COP será na floresta, que a COP será na Amazônia”.

O governador também participou de um painel no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde destacou a necessidade de convergência entre produção e sustentabilidade, reforçando que é possível gerar empregos e desenvolvimento sem comprometer o meio ambiente. No estande do Consórcio Interestadual da Amazônia brasileira, ele também se reuniu com representantes do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para tratar de temas como o uso sustentável da terra agrícola na Amazônia.

AGENDA

A agenda oficial do Governo do Estado do Pará na COP29 segue pelos próximos dias, onde o governador Helder Barbalho ainda participa de reuniões e da assinatura de novos acordos que buscam manter a estratégia de valorização da floresta em pé.

Entre as iniciativas está o edital da Concessão de Restauração de uma área de 10 mil hectares na APA Triunfo do Xingu.

“Estaremos, inclusive, fazendo a publicação do edital da primeira concessão pública de restauro em todo o Brasil, em uma área que é pública, que foi grilada e, portanto, utilizada de forma ilegal utilizada para pastagem. Essa área foi recuperada pelo estado e, a partir disto, se fez um plano para a recomposição da floresta deste território. Isto permite que essa concessão, primeiro, recupere a área, transformando novamente em floresta, mas permite com que o privado possa viabilizar manejo florestal e o mercado de carbono oriundo deste replantio”, adiantou o Governador Helder Barbalho.