Pará

Consumo do caranguejo-uçá está liberado no Pará com fim do defeso

O Ideflor-Bio informa que a população já pode consumir o animal sem restrições. Foto: Pedro Guerreiro/Ag. Pará
O Ideflor-Bio informa que a população já pode consumir o animal sem restrições. Foto: Pedro Guerreiro/Ag. Pará

Após três períodos de proibição para a captura, transporte, beneficiamento, industrialização e comercialização do caranguejo-uçá, o terceiro e último deles chegou ao fim no sábado (16). A medida, em conformidade com a Portaria nº 325 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), visava preservar o ciclo reprodutivo da espécie. Agora, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) informa que a população já pode consumir o crustáceo sem restrições.

O consumo do caranguejo-uçá ficou restrito nos períodos de 12 a 17 de janeiro, 10 a 15 de fevereiro e 11 a 16 de março, tendo como objetivo garantir a reprodução e o equilíbrio populacional da espécie. Esse animal desempenha uma função fundamental nos ecossistemas costeiros, atuando como um importante elo na cadeia alimentar e participando da manutenção da biodiversidade marinha.

Outro fator importante é que a reciclagem da matéria orgânica, feita pelos caranguejos nos manguezais, contribui para a saúde e o equilíbrio desses ecossistemas, evitando o transporte de nutrientes para outros ambientes durante as marés. Além disso, os manguezais são berçários naturais para diversas espécies, antes de migrarem para seus habitats específicos, tornando a preservação desses ambientes e de suas espécies ainda mais crítica.

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), realizou durante o defeso fiscalização em feiras e demais estabelecimentos que comercializam o caranguejo-uçá, para garantir o cumprimento das leis ambientais. Já o Ideflor-Bio atua com ações de educação ambiental para conscientizar a população na busca por garantir a proteção e a manutenção desses ecossistemas tão vitais para a biodiversidade e as comunidades que deles dependem.