Pará

Confira dicas para escolher um bom pescado

Com a proximidade da data, o DIÁRIO DO PARÁ reuniu dicas para que o consumidor consiga identificar quando o peixe está adequado ao consumo. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Com a proximidade da data, o DIÁRIO DO PARÁ reuniu dicas para que o consumidor consiga identificar quando o peixe está adequado ao consumo. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Irlaine Nóbrega

A carne branca, incluindo os peixes, é a principal proteína consumida durante a Semana Santa. Porém, os pescados são alimentos de fácil deterioração se armazenados de forma indevida. Com a proximidade da data, o DIÁRIO DO PARÁ reuniu dicas para que o consumidor consiga identificar quando o peixe está adequado ao consumo.

A primeira dica na hora de comprar o pescado é se atentar aos olhos. Eles precisam estar brilhantes e transparentes, sem estar fundo ou com manchas no centro. As brânquias ou guelras – abertura ao lado da cabeça do peixe – devem ser rosadas ou vermelhas, úmidas e brilhantes. E as nadadeiras também não podem estar deformadas.

“Peixe é bom quando tá com a escama bem brilhosa. O olho também tem que estar bem clarinho para o peixe ser novo. Quando ele já está com olho meio avermelhado, ele está bom, mas não está bem fresco, ainda dá para o consumo”, explica o peixeiro Armando Silva, 62 anos.

CORPO

Ao observar o corpo, é preciso se atentar se ele está limpo, sem manchas ou furos na pele e nem restos de poeira. As escamas, por sua vez, devem preservar o brilho e não podem apresentar excesso de muco. Já a carne do peixe deve estar sempre firme, com aspecto elástico e coloração própria da espécie do pescado.

“No peixe de escama, você pode puxar a escama. Se sair muito fácil, já não está muito bom. Agora se puxar e não sair é porque está bacana, está novo. Normalmente, quando a gente aperta a pele dele ela volta. Quando ele está fraco, está ruim, você aperta e a pele afunda, não volta. Quando o peixe está estragado aparenta logo pelo olho e a cor dele. Ele fica meio abatido, perde logo o brilho”.

O cheiro também pode indicar o estado de conservação do peixe. Se o pescado apresentar um odor bastante azedo quer dizer que já está estragado. Quando cortado, o consumidor ainda pode observado as condições de dentro da barriga do peixe. “Pode olhar na barriga do peixe também. Peixe fresco tem a parte de dentro rosada e as guelras têm que está bem vermelhinhas, consegue ver até um pouco do sangue”.

Em caso dos resfriados, o pescado deve ser devidamente acondicionado em gelo e mantido entre -0,5 e -2ºC. A indicação é que o gelo em escama recubra todo o pescado por baixo, por cima e nas laterais. “Se souber trabalhar com peixe no gelo, ele pode durar até um mês. Se não, em dois ou três dias ele apodrece. Quando não tá bom, fica roxo, fica muito mole, com a pele meio manchada, a gente fala que tá moído”, diz o peixeiro Adézio Souza, 64.

 

ORIENTAÇÕES

  • Olhos: devem estar transparentes, com aspecto vivo, brilhante, salientes e ocupar totalmente as órbitas do pescado;
  • Brânquias: devem estar róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes;
  • Escamas: a superfície do corpo deve estar limpa, sem excesso de muco e com relativo brilho metálico;
  • Nadadeiras: devem apresentar aspecto brilhante e estar íntegras, sem deformações;
  • Carne: deve estar firme, com consistência elástica e respeitando a coloração própria da espécie. Podendo ser branca, amarela ou salmonada a depender da espécie.

Fonte: Cartilha Embrapa