Pará

Condenado por difamar Ximbinha, Wlad recorre e MPPA defende pena de prisão

Entenda o caso judicial envolvendo Wladimir Costa e Ximbinha da Calypso. Condenação por difamação e posições do Ministério Público.

Condenado por difamar Ximbinha, Wlad recorre e MPPA defende pena de prisão Condenado por difamar Ximbinha, Wlad recorre e MPPA defende pena de prisão Condenado por difamar Ximbinha, Wlad recorre e MPPA defende pena de prisão Condenado por difamar Ximbinha, Wlad recorre e MPPA defende pena de prisão

Em agosto de 2024, o ex-deputado Wladimir Costa foi condenado por difamação contra o músico Cledivan Almeida Farias, conhecido como Ximbinha, fundador da banda Calypso ao lado da ex-esposa Joelma. A condenação ocorreu em decisão de primeira instância enquanto o político estava preso por violência política contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB).

Ambas as partes – a defesa de Wladimir Costa e a de Ximbinha – recorreram da sentença. Em 7 de janeiro de 2025, o Ministério Público do Estado, por meio do 7º Procurador de Justiça Criminal Armando Brasil Teixeira, se manifestou sobre o recurso.

Posicionamento do Ministério Público

O ex-deputado pediu a absolvição da queixa-crime por difamação, enquanto Ximbinha solicitou a elevação da pena-base e o aumento da indenização para 100 salários mínimos. O procurador se posicionou contra a modificação da sentença, defendendo a manutenção da pena original e negando os pedidos de Ximbinha.

Ximbinha pediu punição mais pesada a Wlad

A Decisão Judicial

O juiz Marcus Alan de Melo Gomes, da 9ª Vara Criminal de Belém, impôs a Wladimir Costa uma pena de 6 meses e 18 dias de detenção, substituída por prestação de serviços à comunidade. Além disso, o ex-deputado foi condenado a pagar 21 dias-multa. A pena privativa de liberdade foi convertida devido à natureza do crime e ao período correspondente.

O processo teve início em 2020, quando Ximbinha apresentou uma queixa-crime por calúnia, injúria e difamação. A defesa de Wladimir Costa tentou anular o processo, alegando que a ex-esposa de Ximbinha, Joelma, não foi ouvida como testemunha, mas o juiz rejeitou a alegação e considerou parcialmente procedente a queixa, absolvendo o ex-deputado da acusação de calúnia.

O Caso de Difamação

Ximbinha alegou que Wladimir Costa fez diversas publicações ofensivas nas redes sociais entre janeiro e fevereiro de 2020, incluindo a frase “guitarrista de merda de nome Ximbi…”. O juiz considerou que as mensagens publicadas tinham conteúdo claramente ofensivo e prejudicaram a reputação do músico.

Embora Wladimir Costa tenha argumentado que suas publicações se referiam a fatos amplamente divulgados pela mídia, o juiz destacou que a repetição de mensagens ofensivas em redes sociais visava prejudicar Ximbinha e não informar ou criticar de forma legítima. Por isso, o ex-deputado foi condenado por difamação, enquanto a acusação de injúria foi extinta por prescrição.

Prisão de Wladimir Costa

Wladimir Costa foi preso em 18 de abril após denúncias de violência política feitas por Renilce Nicodemos. A deputada federal informou à Justiça Eleitoral que foi alvo de ataques e agressões veiculadas nas redes sociais do ex-parlamentar. A prisão preventiva foi decretada, junto com a remoção das postagens ofensivas.

Além disso, em 2017, Wladimir Costa foi condenado por abuso de poder econômico e gastos ilícitos, o que resultou na cassação de seu mandato de deputado federal. Antes de sua prisão, ele cumpria medidas impostas pelo TRE-PA, como a proibição de contato com Renilce Nicodemos, comparecimento mensal ao juízo eleitoral e o uso de tornozeleira eletrônica.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.