Um lugar que deveria servir de lazer e cultura para a população, está em situação de abandono. Isso porque o Complexo da Cidade Nova 6, em Ananindeua, encontra-se isolado por tapumes e fechado ao público. Em janeiro de 2023, a Prefeitura de Ananindeua assinou a ordem de serviço para a reforma do local, mas até o momento, as obras não foram concluídas.
Logo na frente do Complexo é possível presenciar o abandono do espaço público com a quantidade de mato presente. Através de fendas nos tapumes, é possível observar um anfiteatro abandonado, uma quadra de esportes precisando de reformas e muitas áreas cobertas por mato alto.
Para Cosme Emanuel, 55 anos, trilheiro, morador da área há cerca de 30 anos, o espaço já deveria ter sido entregue para a população. De acordo com ele, os moradores estão prejudicados com o fechamento do Complexo, pois era um espaço de lazer bastante frequentado. “A gente quer trazer nossas crianças aqui para brincar, mas não conseguimos porque damos de cara com esses tapumes”, explica o morador.
Ainda de acordo com moradores da área, o local serve como ponto de encontro de usuários de drogas. Na frente do Complexo ainda funcionam trailers de lanches, que tiveram o funcionamento prejudicado com a queda de movimento no espaço público, principalmente no horário noturno.
Vanessa Aranha, cabeleireira, 42, tem um salão em frente ao Complexo. Para a moradora da Cidade Nova, o local deveria ser entregue o mais rápido possível, pois além de ser um espaço de diversão, era um local onde as pessoas se exercitavam e promoviam bem-estar. “Eu sou moradora daqui e fico indignada com esse abandono. Aqui no salão eu atendia mais gente pela noite, mas com o local fechado, aqui fica um pouco mais soturno e prejudica o movimento de clientes”.
A equipe de reportagem do DIÁRIO esteve no local na tarde desta quinta-feira (18) e verificou que, apesar de estar isolado por tapumes, não há nenhuma placa indicando obras ou prazo para que o Complexo volte a ser aberto à população, assim como não há a presença de trabalhadores ou maquinários. Recentemente, parte do muro que faz “fronteira” com uma casa ao lado do Complexo desabou. A estrutura caiu para dentro do espaço, o que evitou maiores transtornos.
A manicure Rose Saldanha, 46, também é moradora da área. De acordo com Rose, o local já se encontra fechado há pelo menos dois anos, o que diminuiu muito o movimento na área. “Antes de noite aqui era muito mais agitado. Tinha vida. Tinha gente. Agora com o Complexo fechado, até o comércio aqui fica prejudicado”, confessa Rose inconformada sobre a situação presenciada.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento e Infraestrutura (Sesan) informa que as obras no Complexo do VI estão sendo realizadas normalmente, com os trabalhadores fazendo a limpeza do terreno e executando outros serviços previstos no cronograma descrito nos projetos. Em relação ao muro que desabou, a Sesan informa que ele será refeito e erguido com total segurança.
Por Rafael Rocha