Pará

Como é fazer aniversário em ano bissexto? Elas contam!

29/02/2024 08:29

Ana Laura Costa

Pelo menos 649 pessoas no Pará nasceram no dia 29 de fevereiro – segundo registros datados desde os anos 2000 em cartórios do Pará – um dia que só existe a cada 4 anos no calendário, no chamado ano bissexto. O último ocorreu em 2020 e, neste ano, os nascidos nesse dia finalmente poderão comemorar seus aniversários. Mas será que é assim mesmo?

A administradora Ilacir Valente da Silva, de 60 anos, nasceu no dia 29 de fevereiro de 1964. E, assim como outros nascidos no ano bissexto, costuma dizer que queria realmente envelhecer a cada quatro anos também. Mas, na prática, fora do ano bissexto, ela conta que costuma comemorar o aniversário no dia 28, e rememora como era lidar com a data na infância.

“Pedia presente do meu padrinho e ele dizia: ‘Pega o calendário e me mostra a data do teu aniversário’. E ficava frustrada quando não tinha e não entendia. Ele me dava presente, mas quando tinha (o dia 29) no calendário, ele me dava quatro”, sorri, ao lembrar.

Sobre a reação das pessoas, a administradora comenta que, durante a adolescência, a pergunta mais ouvida por ela era sobre a data da comemoração, em anos em que o dia 29 de fevereiro não “existe”. Neste ano, ela conta que vai aproveitar para celebrar a chegada da nova idade. “Uma comemoração em família. Esse ano, literalmente, vou entrar na terceira idade, vou fazer 60 anos”, disse.

COSTUME

A enfermeira Cláudia Saraiva, de 51 anos, também nasceu no dia 29 de fevereiro, mas de 1972. Segundo ela, sua mãe pediu a Deus para que ela não nascesse no dia 29 daquele ano, mas não adiantou. Assim, Cláudia conta que seu pai, já falecido, comemorava seu aniversário, fora do ano bissexto, sempre nos dias 28. E o costume perdura até hoje. Mas, neste ano será diferente e a comemoração vai contar com a presença da família toda.

“Sou uma pessoa muito privilegiada por ter nascido nesse dia. Eu gosto muito desse dia porque as amizades da faculdade reaparecem, lembram de mim. Mas sempre eu costumo dizer que é o meu ano, é o meu ano. Eu moro em Santa Luzia, então minha irmã vem do interior, minhas vizinhas, minhas filhas. Então vamos ter que fazer o bolinho, né?”, disse.