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Comércio é responsável pela geração de mais de 7 mil vagas no Pará

Segundo o IBGE, de janeiro a março deste ano a taxa de pessoas desocupadas era de 8,5% e no trimestre seguinte caiu para 7,4%
No centro comercial de Belém são comuns avisos sobre recebimento de currículo. E é preciso correr e agarrar a oportunidade. Foi o que fez Everton Passos, efetivado após período como temporário. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

Diego Monteiro

Estudos divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelam que, de janeiro a setembro deste ano, os postos abertos no setor do comércio no Estado apresentaram um aumento significativo de 22% em comparação aos mesmos meses de 2022.

Dados mais detalhados, fornecidos pela entidade, indicam que, durante esse período, ocorreram 85.886 contratações contra 78.712 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 7.174 postos de trabalho por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em comparação a 2022, o setor também gerou um saldo positivo, embora menor, de 5.854 carteiras assinadas.

Apesar da sazonalidade dos famosos “empregos temporários” neste período, há a possibilidade de transformar essas oportunidades provisórias em permanentes. Everton Passos, 25, conta que aceitou uma vaga nesses moldes, em uma empresa especializada na venda de materiais para construção. Diante do bom desempenho, o atendente foi chamado para compor o quadro efetivo de colaboradores.

Recém-contratado, o vendedor compartilhou sua experiência. “Cheguei em um momento de grande movimentação, mas sabemos que essa fase intensa eventualmente diminui depois da virada do ano. Por isso, é crucial demonstrar nossas habilidades mesmo nos períodos onde o fluxo de clientes passa a ser menor. Graças a Deus tenho conseguido fazer isso”, destaca Everton.

No Centro Comercial de Belém, por exemplo, é comum encontrar placas com a mensagem: “Estamos recebendo currículo com ou sem experiência”. Para os lojistas, a expectativa é de novas contratações, principalmente nesse período onde o mercado vive na iminência de entrada de recursos relacionados ao Black Friday, 13º salário e às festas de Natal e Fim de Ano.

BALANÇO

No Pará, o comércio varejista se destacou, registrando o maior crescimento, gerando um saldo positivo de 3.649 postos de trabalho. Em seguida, o subsetor do comércio por atacado apresentou um saldo positivo de 2.344 oportunidades de emprego, seguido pelo subsetor de comércio reparação de veículos automotores e motocicletas, que teve um saldo positivo de 1.181 admissões.

Assim, o Pará liderou na geração de empregos formais no período analisado, seguido por Tocantins, com 2.033, e o Amazonas, com 1.550. Na Região Norte como um todo, o setor gerou um total de 239.243 admissões, contra 225.903 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 13.340 postos de trabalho este ano.

O vendedor Cláudio Almeida, 47, faz parte desses dados, já que o profissional foi contratado recentemente. “Graças a Deus o comércio está voltando a ficar aquecido desde a pandemia. E é nessas horas que, quem está desempregado, como eu estava, deve agarrar as oportunidades. Há emprego para quem procura e para quem sabe aproveitar”, afirma.

“Digo que, como os lojistas têm essa necessidade de suprir as grandes demandas de clientes, logo vão demandar mão de obra. Nessas horas temos que mostrar nossas habilidades e mostrar resultados para sermos efetivados. Além disso, mostrar constância e não deixar todo esforço esfriar com o passar do tempo. Lembre-se que o mercado é desafiador e precisamos agarrar o emprego”, concluiu o atendente.