CAÇADORA DO TRÁFICO NO PARÁ

Com faro preciso, cadela Ísis ajuda PM a apreender 2,5 toneladas de drogas

Ísis, uma cadela da raça Pastor Belga Malinois, é hoje um dos maiores trunfos do 2º Batalhão de Missões Especiais (2º BME), em Santarém.

. Ísis, uma cadela da raça Pastor Belga Malinois, é hoje um dos maiores trunfos do 2º Batalhão de Missões Especiais (2º BME), em Santarém.
Ísis, uma cadela da raça Pastor Belga Malinois, é hoje um dos maiores trunfos do 2º Batalhão de Missões Especiais (2º BME), em Santarém. Foto: Divulgação

Santarém - No coração da Amazônia, onde rios são corredores do tráfico internacional, uma combatente de quatro patas se destaca nas fileiras da Polícia Militar do Pará. Ísis, uma cadela da raça Pastor Belga Malinois, é hoje um dos maiores trunfos do 2º Batalhão de Missões Especiais (2º BME), em Santarém. Com apenas quatro anos de idade, ela já soma mais de 2,5 toneladas de drogas apreendidas só em 2025, transformando-se em um ícone silencioso da segurança pública na região.

A trajetória de Ísis começou há dois anos, quando foi doada por criadores locais
A trajetória de Ísis começou há dois anos, quando foi doada por criadores locais.

A trajetória de Ísis começou há dois anos, quando foi doada por criadores locais. Após avaliação da equipe cinotécnica do 2º BME, suas aptidões rapidamente saltaram aos olhos: resistência física, estabilidade emocional e faro aguçado. Menos de um ano depois, ela já integrava operações em áreas críticas, como portos, embarcações, rodoviárias e aeroportos.

O comandante do batalhão, tenente-coronel Wilton Chaves, autorizou sua entrada no canil setorial, e desde então a cadela tem sido peça-chave em missões como a operação “Fake Ferry”, que resultou na apreensão de mais de duas toneladas de entorpecentes entre Santarém e Óbidos.

Treinamento constante e cuidados diários

O sucesso de Ísis não é obra do acaso. Ela passa por um rigoroso cronograma de treinamento diário, cuidados veterinários, alimentação balanceada e atividades lúdicas para manter a saúde física e emocional em dia. Seu adestrador, sargento Felipe Rego, acompanha cada etapa da evolução da cadela.

“Ela chegou já adulta, mas com muito foco e energia. Começamos com comandos básicos e logo evoluímos para a detecção de drogas. A resposta dela foi impressionante desde o início”, destacou o sargento.

O 2º BME conta com uma estrutura completa voltada ao bem-estar dos animais: sete cães e 29 cavalos recebem atendimento de uma equipe com três profissionais de saúde, além de policiais especializados. Outro cão, ainda em formação, será direcionado à cinoterapia, enquanto três equinos são treinados para equoterapia.

Um legado que continua

Ísis também está deixando herança no combate ao crime: um de seus filhotes, Tupã, já começou o processo de formação e chegou a participar de operações ao lado da mãe. A expectativa da equipe é que ele mantenha o padrão de excelência que ela construiu.

Mais do que uma agente policial, Ísis simboliza a estratégia inteligente e integrada da Polícia Militar do Pará no combate ao narcotráfico em território amazônico — uma região onde a logística fluvial desafia as forças de segurança e exige soluções inovadoras.