Grande Belém

Colônia de férias inclusiva diverte crianças com TEA em Belém

Karla Soares, Ruan Patrick e Edgar Lorenzo se divertem com as atividades da colônia inclusiva Foto: celso Rodrigues/ Diário do Pará.
Karla Soares, Ruan Patrick e Edgar Lorenzo se divertem com as atividades da colônia inclusiva Foto: celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Nesta segunda-feira (15), o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) de Belém, localizado no bairro Batista Campos, abriu suas portas para a “Colônia de Férias Inclusiva”, um evento totalmente gratuito que conta com dois dias de desenvolvimento – 15 e 18 de julho, de 9h às 17h. Incluindo experiências enriquecedoras e divertidas para seus usuários, a programação, organizada pelo Setor de Arte e Cultura do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), busca promover o bem-estar e o acolhimento através de diversas atividades lúdicas.

Esta é a primeira edição da Colônia no Cetea, e atividades como saudação ao sol, pintura com textura, jogos teatrais, bolha de sabão e jogos recreativos fazem parte do cronograma. Com crianças a partir de 2 anos de idade e adolescentes divididos em cada turno do dia, a coordenadora assistencial do Cetea, Samilly Batista, destaca a importância dessa iniciativa no desenvolvimento dos participantes.

“A Colônia de Férias é fundamental para a socialização dos nossos usuários. É um momento recreativo que se alinha com o plano terapêutico deles, proporcionando diversão e interação durante o período em que não estão na escola. As atividades foram planejadas pensando no perfil dos nossos usuários, e estamos muito felizes em proporcionar esse espaço de socialização e desenvolvimento”, explicou a coordenadora.

BENEFÍCIOS

Paula Barros, professora de teatro, ressalta os benefícios das atividades lúdicas. “O brincar desenvolve muitas habilidades. A saudação ao sol, por exemplo, promove autocontrole emocional, equilíbrio físico e noção espacial. É gratificante ver as crianças se desenvolvendo e se alegrando com essas atividades”.

Arte e a recreação podem ser ferramentas poderosas no desenvolvimento de crianças com TEA, proporcionando não apenas momentos de diversão, mas também avanços significativos em suas habilidades sociais e emocionais. O marceneiro França Ribeiro, 63 anos, saiu do bairro do Coqueiro, em Ananindeua, para acompanhar o filho Arthur Ribeiro, de 14 anos, na participação da manhã lúdica.

“Vim ver as atividades e achei a ideia do teatro muito legal. Estou muito agradecido por esse espaço que está ajudando muito o meu filho. Ele está muito empolgado com a pintura, que é a atividade que ele mais gosta. Ver a felicidade do Arthur é muito gratificante para mim”, compartilha.

Arthur também estava empolgado com a oportunidade que a colônia oferece. “Gosto muito. Estou feliz, graças a Deus. Quero pintar, porque quando eu crescer, quero ser um desenhista de desenho animado”, disse Arthur.

OPORTUNIDADE

Para Ruan Patrick, 25, e Karla Soares, 23, pais de Edgar Lorenzo, de 3 anos, a colônia é uma oportunidade valiosa para o crescimento do filho. “É a primeira vez que trazemos ele para atividades de colônia de férias. É importante para ele se comunicar melhor e se desenvolver socialmente”, comenta Ruan. Karla acrescenta: “Desde que começamos a frequentar o Cetea, em janeiro, ele já se desenvolveu bastante e se tornou mais independente. Estaremos sempre presentes”.