FESTIVIDADE

Círio de Nossa Senhora do Ó: Fé, gratidão e solidariedade marcam celebração em Mosqueiro

A festividade tem a programação com missas diárias às 18h30, e arraial na praça do Santuário, com vendas de comidas típicas e apresentações culturais

Fotos: Celso Rodrigues
Fotos: Celso Rodrigues

Neste domingo (8), em frente à Capela do Sagrado Coração de Jesus, na Orla do Chapéu Virado, Distrito de Mosqueiro, centenas de fiéis se reuniram para celebrar o Círio de Nossa Senhora do Ó. A tradicional missa campal, que teve início às 7h, foi presidida pelo Monsenhor Ronaldo Menezes, vigário geral da Arquidiocese de Belém. 

Logo após a celebração, às 8h50 a imagem seguiu para Berlinda. A procissão, que contou com casas decoradas com balões e objetos que remetessem a graças alcançadas adornaram as ruas, tendo um percurso de 5,1 quilômetros, levando a imagem até a Paróquia Santuário Nossa Senhora do Ó, na Vila.  

“O Círio é uma expressão de fé e comunhão. Este ano, o tema ‘Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus’ é um convite ao aprofundamento na oração, é uma oportunidade para que, ao lado de Nossa Senhora, possamos nos dirigir a Deus com mais fervor e esperança”, explicou o pároco Padre Erick Araújo, que está a frente da festividade há dois anos.

A dona de casa Francisca Araújo, de 59 anos, foi uma das devotas que expressaram sua gratidão. “Eu pedi a Nossa Senhora que me ajudasse a comprar minha casa aqui e em sete dias minha graça foi alcançada. Hoje, estou aqui para agradecer e pedir saúde para os meus filhos e meu neto”, contou ela, com uma miniatura de sua casa verde em mãos.

A pedagoga Ana Silva, 36 anos, carrega uma forte ligação com a santa desde a perda de sua mãe, vítima da Covid-19 em 2021. Após o falecimento de sua mãe, Ana teve um sonho com Nossa Senhora do Ó a convidando para o Círio. “Perguntei ao meu marido onde que havia o Círio desta Santa e ele me disse que era em Mosqueiro. Desde então, venho todos os anos. Ela me ajuda todos os dias a lembrar da minha mãe. É um momento de consolo, de reencontro com a fé que minha mãe me ensinou”, revelou.  

A procissão também contou com gestos de solidariedade, como o de Maria Lúcia Aquino, de 68 anos, moradora do bairro da Sacramenta, que é devota há anos, mas há três anos aderiu à distribuição de água aos romeiros. “É uma maneira de retribuir tudo o que Nossa Senhora já fez por mim. Consegui conquistar minha casa e meu carro graças às bênçãos dela. É gratificante poder ajudar as pessoas nesse momento de fé”, afirmou.  

FESTIVIDADE

A festividade tem a programação com missas diárias às 18h30, e arraial na praça do Santuário, com vendas de comidas típicas e apresentações culturais. O encerramento será  no dia 18 de dezembro, com a procissão luminosa após a última celebração.  

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*Fotos: Celso Rodrigues – Diário do Pará