MAUS-TRATOS

"Chumbinho" pode ter causado morte de dezenas de cães no Pará, aponta polícia

Um caso chocante de maus-tratos com mortes de cães está sendo investigado pela Polícia Civil do Pará na vila Maiauatá, distrito de Igarapé-Miri.

“Chumbinho” pode ter causado morte de dezenas de cães no Pará, aponta polícia “Chumbinho” pode ter causado morte de dezenas de cães no Pará, aponta polícia “Chumbinho” pode ter causado morte de dezenas de cães no Pará, aponta polícia “Chumbinho” pode ter causado morte de dezenas de cães no Pará, aponta polícia
Um caso chocante de maus-tratos com mortes de cães está sendo investigado pela Polícia Civil do Pará na vila Maiauatá, distrito de Igarapé-Miri
Um caso chocante de maus-tratos com mortes de cães está sendo investigado pela Polícia Civil do Pará na vila Maiauatá, distrito de Igarapé-Miri. Foto: Divulgação

Um caso chocante de maus-tratos com mortes de cães está sendo investigado pela Polícia Civil do Pará na vila Maiauatá, distrito de Igarapé-Miri, no nordeste do estado. O episódio, que lembra o massacre de cães ocorrido há 12 anos em Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, causou indignação na comunidade local.

A principal suspeita é de que os animais tenham sido vítimas de envenenamento. Segundo relatos de moradores, diversos cães foram encontrados mortos ou agonizando. Alguns chegaram a regurgitar antes de morrer, indicando intoxicação. Em alguns dos vômitos foram identificadas substâncias semelhantes ao veneno conhecido como “chumbinho”, usado para matar ratos.

Na quarta-feira (30), por volta do meio-dia, equipes da Polícia Civil, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Vigilância Sanitária estiveram no local para apurar os fatos. A maioria dos corpos dos animais já havia sido enterrada pelos moradores. Restavam apenas dois filhotes, um cão idoso e outros que teriam sido levados pela maré.

Investigação em Andamento

Dois dos corpos enterrados foram exumados e encaminhados à Vigilância Sanitária para exames. A Polícia Civil iniciou a coleta de depoimentos de testemunhas e busca por imagens de câmeras de monitoramento que possam ajudar na identificação dos responsáveis.

As diligências seguem em andamento, e qualquer informação pode ser repassada de forma anônima pelo número 181. Uma equipe da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal também foi enviada à vila, e a Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB-PA acompanha o caso.

A Polícia Científica foi acionada para realizar perícia na área e coletar evidências que ajudem a esclarecer os fatos.

Pronunciamento da Prefeitura

Em nota conjunta, a Prefeitura de Igarapé-Miri, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Meio Ambiente e da Câmara Municipal de Vereadores, repudiou veementemente o caso, classificando o episódio como “cruel, inaceitável e criminoso”.

A nota informa que um boletim de ocorrência já foi registrado e que todas as medidas legais estão sendo adotadas, em parceria com os órgãos competentes, para identificar e responsabilizar os autores. O texto finaliza reafirmando que maus-tratos e envenenamento de animais são crimes previstos em lei e que atitudes desse tipo não serão toleradas no município:

“Seguimos firmes na luta pelo bem-estar animal, pelo respeito à vida e pelo cumprimento da lei”, diz o comunicado oficial.