JULGAMENTO

Chamado de 'canoa', homem é absolvido após matar comerciante no Pará

Em julgamento, Francisco Elias Neri da Silva foi absolvido de homicídio. Legítima defesa foi a tese aceita pelos jurados.

Acusado de matar homem a tiros é absolvido em julgamento
Acusado de matar homem a tiros é absolvido em julgamento

O prestador de serviços Francisco Elias Neri da Silva, 50 anos, foi absolvido do crime de homicídio, cometido contra o comerciante José Roberto Rosa da Silva, 55, em julgamento presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, nesta segunda-feira, 24. Os jurados consideraram que o réu agiu em legítima defesa.

A decisão acompanhou a tese do defensor público Rafael da Costa Sarges de que o acusado agiu em defesa própria ao perceber que o comerciante estava sacando sua arma, envolvida num pano, para usá-la contra ele.

O promotor do júri, Nadilson Portilho Gomes, sustentou a acusação em desfavor do réu, acusando-o de homicídio qualificado mediante uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A tese, no entanto, não foi acolhida pelos jurados.

Desavenças – Prestaram declarações ao júri Darci Marques e Jacilene Marques, viúva e enteada da vítima, respectivamente. Elas confirmaram que Francisco tinha dois revólveres e que costumava agredir a mulher. No dia em que foi morto, a viúva, inclusive, conta que foi agredida.

Em interrogatório, Francisco disse que levou uma arma a José, para que a guardasse, já que, por ter filhos pequenos, ele não poderia deixá-la em casa. O encontro ocorreu num bar. Depois de ingerir bebida alcoólica, a vítima teria chamado o acusado de “canoa”, o que gerou a desavença.

O acusado retirou da bolsa a arma e efetuou os disparos contra a vítima, que caiu morta no local. Francisco apontou a arma também para Elielson Pereira de Oliveira, que bebia com José, mas este conseguiu correr e se escondeu.

Após o crime, o acusado viajou para o interior e, em seguida, para outro Estado. A companheira, Jacilene, com quem tem três filhos, após alguns meses foi ao seu encontro.