Grande Belém

Cenário de abandono afasta visitantes em praça de Belém

Um lugar que deveria servir de lazer para as famílias, a praça Marajó, no conjunto CDP, também conhecido como Paraíso dos Pássaros, no bairro Maracangalha, em Belém, enfrenta um cenário de abandono
Um lugar que deveria servir de lazer para as famílias, a praça Marajó, no conjunto CDP, também conhecido como Paraíso dos Pássaros, no bairro Maracangalha, em Belém, enfrenta um cenário de abandono Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Um lugar que deveria servir de lazer para as famílias, a praça Marajó, no conjunto CDP, também conhecido como Paraíso dos Pássaros, no bairro Maracangalha, em Belém, enfrenta um cenário de abandono que preocupa os moradores do entorno. Para quem chega pela avenida dos Tucanos, principal do conjunto, a visão é de folhas das árvores tomando conta do espaço.

A quadra de esportes, que deveria ser um ponto de encontro para atividades físicas, está com o gradeado quebrado e, além disso, há ausência de rede nas traves de gol, bem como nos aros e redes das traves de basquete. Já na parte mais alta da praça, no centro, o mato cobre grande parte do espaço, dificultando a circulação, assim como pichações nas vigas

construídas. Os bancos, que deveriam oferecer descanso e socialização, são praticamente inexistentes, e a ausência de lixeiras contribui para a acumulação de resíduos pelo chão.

Para quem precisa ir até a praça para conseguir pegar ônibus diariamente, como é o caso do autônomo Antonio Luiz Gomes, 48 anos, a deterioração da praça é notada como um problema antigo. Ele lembra que quando se mudou para o CDP, vindo do Bengui, já observava a praça em estado de abandono e o problema se intensificou nos últimos anos.

“Moro aqui há 10 anos, e desde que vim para cá, a praça já estava desse jeito. É um espaço grande que poderia ser melhor aproveitado, mas está abandonado. A limpeza é feita raramente, e se deixar fazer gosto, sempre que possível é encontrado muito lixo por aqui”, relata.

Sonhando com a possibilidade de desfrutar de momentos de lazer e convivência comunitária, Williams Coelho de Castro, 51, trabalhador no ramo de material de construção, diz que a sujeira e a falta de manutenção contribuem para a sensação de insegurança. “Antigamente a prefeitura dava mais atenção, tiravam os lixos e folhas. Hoje, está abandonada. A praça está cheia de mato, tem muito carapanã. É complicado trazer meu filho para brincar aqui”.

Para quem precisa trabalhar próximo, a falta de atratividade do local é um ponto negativo nos negócios. Atendendo em uma lanchonete situada na praça e morador do conjunto desde que nasceu, Emerson Ribeiro, 18, diz que só frequenta o local para trabalho, pois não há o que aproveitar no ambiente. “De forma pessoal, não venho muito nessa praça aqui, vou mais nas outras, porque essa não dá movimento. Se fosse bem cuidada, talvez eu viesse com mais frequência”, comenta.

O taxista Josué Tavares da Silva, 58, residente há 50 anos nas redondezas, frequentemente leva seus filhos, Ítalo e Isaac, de 8 anos, na praça. Contudo, apesar de ser um espaço potencialmente para brincar com crianças, as condições atuais não permitem um uso adequado. “Trago meus filhos aqui quase toda semana, mas é difícil. Só dá pra jogar bola na quadra, mas o resto está muito ruim. Faz tempo que não vejo uma limpeza decente por aqui”, menciona.

A Guarda Municipal de Belém (GMB) informa que mantém ronda constante na área da praça Marajó; e para contribuir com o serviço de segurança municipal, “a população pode fazer denúncia de qualquer situação suspeita para o telefone 153, que aciona a guarnição mais próxima”.

Já a Ciclus Amazônia afirma que iniciou o serviço de coleta domiciliar e varrição das ruas de Belém, em linha com o planejamento definido para toda cidade. “Em relação ao conjunto Paraíso dos Pássaros (CDP), no bairro Maracangalha, o trabalho está regular e é realizado às segundas, quartas e sextas, a partir das 7h.