Pará

Cassado e preso: Wlad foi denunciado por desvio de R$ 230 mil no Pará

O ex-deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, em decisão unânime, por abuso de poder econômico. Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
O ex-deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, em decisão unânime, por abuso de poder econômico. Nilson Bastian/Câmara dos Deputados

O ex-deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, em decisão unânime, por abuso de poder econômico e movimentação ilícita de dinheiro na campanha que o elegeu para a Câmara em 2014. Ele havia alcançado seu quarto mandato. Cassado, apostou suas fichas na eleição de um filho anos depois, mas sem sucesso.

Segundo o TRE do Pará, Wladimir Costa, que foi preso pela Polícia Federal por crimes eleitorais nesta quinta-feira, 18, declarou gastos de R$ 61 mil com publicidade, mas na apuração do processo ficou comprovado que ele gastou R$ 400 mil. Além da perda do diploma, Wladimir Costa foi condenado à inelegibilidade por oito anos.

Há alguns anos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia denunciado Wlad e mais cinco suspeitos de desviar R$ 230 mil originalmente destinados a atividades esportivas no Pará. Os seis são acusados de praticar crime de peculato.

De acordo com as investigações, os recursos estavam reservados para a realização de aulas de canoagem sob responsabilidade do Instituto Nossa Senhora de Nazaré de Educação, Esporte e Lazer de Barcarena (PA), por meio de convênio com o governo do estado, fato que foi denunciado pelo DIÁRIO DO PARÁ à época.

Cabia à Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Pará fazer o repasse para a realização das aulas de canoagem, aponta a denúncia, mas o objetivo do convênio “nunca existiu”. “De acordo com as investigações, Wladimir Costa era o líder do esquema. Por sua iniciativa foi criado o Instituto Nossa Senhora de Nazaré, sob o pretexto do desenvolvimento das aulas a jovens na praia do Caripi, em Barcarena, ocultando a verdadeira motivação de desviar recursos públicos”, argumenta o Ministério Público Federal (MPF) na acusação.