A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) acaba de informar que atendeu uma notificação de suspeita clínica de síndrome respiratória e nervosa em aves no município de Eldorado dos Carajás. Seguindo protocolo, quatro galinhas caipiras foram sacrificadas para coleta de material biológico durante a inspeção. A agência segue monitorando o caso e informa que, até o momento, não há registro de influenza aviária no estado.
As amostras foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que é a autoridade responsável pela análise laboratorial oficial.
O atendimento seguiu o protocolo padrão de vigilância ativa adotado pela Adepará nas ações de defesa sanitária animal. É importante ressaltar que o Pará não possui produção destinada à exportação de aves ou ovos.
Dos cinco casos suspeitos de influenza aviária que estão em investigação, dois são em granjas comerciais, em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO). Os outros, incluindo o caso suspeita no Pará, são de produção familiar para subsistência, em Estância Velha (RS) e Salitre (CE). Alguns casos foram descartados como gripe aviária, nos municípios de Nova Brasilândia (MT) e Grancho Cardoso (SE).
O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial brasileira foi detectado no Rio Grande do Sul, em 15 de maio, no município de Montenegro (RS), e foi informado na manhã da última sexta, 16 de maio. A granja atingida abrigava 17 mil aves – parte delas morreu e o restante foi sacrificado.
A partir desta quarta-feira (21/5), o Brasil precisará de 28 dias para ser considerado livre do vírus, desde que não nenhum outro caso seja confirmado. Após esse período, o governo notificará a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e procurará os parceiros internacionais para a retomada das exportações. Com o anúncio do caso de gripe aviária, dezenas de países fecharam total ou parcialmente seus mercados para o frango brasileiro.