Desde terça-feira, 26 de novembro, o ex-cartorário Diego Kós Miranda está preso no Rio de Janeiro, após ser capturado em cumprimento a dois mandados de prisão preventiva. Ele é investigado por seu envolvimento em um esquema de fraudes financeiras que causou prejuízos superiores a R$ 30 milhões a instituições financeiras de todo o Brasil. Kós Miranda era considerado foragido desde junho deste ano, quando foi liberado após cumprir menos de uma semana de prisão temporária em Belém, no Pará.
A prisão de Kós Miranda foi realizada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) e o CSI/MPRJ. Após investigações, ele foi localizado em um imóvel alugado por temporada no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, em nome de terceiros.
O cartorário é réu em três ações penais (números 0824224-26.2024.8.14.0401; 0824218-19.2024.8.14.0401; e 0822899-16.2024.8.14.0401) por diversos crimes, incluindo associação criminosa, estelionato, falsificação de documentos públicos, lavagem de capitais e corrupção ativa.
A prisão ocorreu por volta das 15h, na recepção do edifício, quando Diego Kós Miranda deixava o apartamento. Ele permanece preso no Rio de Janeiro enquanto as autoridades preparam sua transferência de volta para Belém.
Histórico do Caso e Prisões Anteriores
O esquema criminoso, que já resultou na prisão de diversas pessoas envolvidas, inclui familiares próximos de Kós Miranda. A esposa do cartorário, a médica Yasaman Larissa Lujan Kos, foi presa no dia 14 de novembro em um hotel em Belém, também em uma operação do Gaeco. Outros familiares de Kós Miranda já haviam sido presos temporariamente ao longo de 2024, no decorrer da investigação.
Este caso segue em desenvolvimento, e novas prisões podem ocorrer conforme as investigações avançam.
Quem são os envolvidos no caso:
- – Diego Kós Miranda, ex-cartorário – preso em 26/11/2024, no RJ na condição de foragido da Justiça; preso temporariamente em Belém dia 28/05/2024, solto em 02/06/2024. Suspeito de aplicar golpes milionários contra bancos no Pará, crimes de associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro
- – Yasaman Lujan Kós Miranda, médica, esposa de Diego – presa em 16/11/2024, em Belém. Chegou a cumprir uso de tornozeleira eletrônica como medida diversa da prisão. Investigada por participação em um complexo esquema de fraudes financeiras mediante estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
- – Silvio Kós Miranda, advogado, pai de Diego – preso em 28/10/2024 na condição de foragido da Justiça. Investigado por estelionato e fraudes bancárias, estava na condição de foragido da justiça, acabou beneficiado em habeas corpus com prisão domiciliar concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
- – Arthur Nobre, delegado e diretor da Seccional do Comércio – foragido da Justiça com pedido de prisão preventiva decretada em outubro de 2024.
- – Giseanny Valéria Nascimento da Costa, advogada – presa temporariamente em Belém dia 28/05/2024, solta em 02/06/2024. Hoje considerada foragida da Justiça. Suspeita de aplicar golpes milionários contra bancos no Pará, crimes de associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
- – Bruna Almeida Kós Miranda, empresária, irmã de Diego – cumpriu ou cumpre uso de tornozeleira eletrônica como medida alternativa diversa da prisão.
- – Marcus Vinicius Silva Almeida – denunciado e investigado por estelionato, formação de quadrilha e bando e falsificação de documento público.
- – Paulo Gabriell da Silva Brasil de Mello, corretor de imóveis, sócio da empresa Atitude Negócios Imobiliários Ltda, empresa que estaria envolvida na movimentação fraudulenta de dinheiro pelo esquema,
- – Reinaldo Santana Braga Oliveira, namorado de Giseanny – denunciado e investigado por estelionato, formação de quadrilha e bando e falsificação de documento público.
- – Nicole Cotelesse da Costa Kos Miranda, madrasta de Diego – denunciada e investigada por estelionato, formação de quadrilha e bando e falsificação de documento público.